Os filhos chegam e, às vezes, temos a sensação de que a vida nunca mais vai voltar a ser como era antes. Sinto te informar, mas… ela não volta mesmo. Um pedacinho da gente está sempre dedicado a uma criança. Às vezes dois, três ou mais pedacinhos. A gente se refaz em horários, em prioridades, em rotinas — e, muitas vezes, em renúncias.
Durante muito tempo, eu tive a sensação de que tinha deixado algumas partes de mim lá atrás, em outra versão da minha vida. Achava que nunca mais poderia fazer certas coisas que eu amava. Coisas simples, mas que me enchiam de alegria.
Uma delas era ir a um brunch de hotel.
Aquela pausa no meio do domingo, o cheirinho de café passado, os sucos coloridos em jarras de vidro, a toalha branca bem posta, o barulho dos talheres misturado com risadas leves… Era um tipo de mimo pra alma que eu sentia falta. E no domingo passado, depois de muito tempo, eu vivi isso de novo.
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Fomos ao Restaurante Trinitas, que fica dentro do NH Curitiba The Five. Em todas as vezes que fui lá me senti muito bem acolhida — mesmo nos dias em que eu cheguei cansada, de tênis, ou com criança no colo. Sempre que falo sobre o Trinitas, uso a palavra “Impecável”.
A comida, o atendimento, o ambiente… tudo tem aquele cuidado silencioso que faz a gente respirar mais devagar, aproveitar mais devagar. É bonito e confortável ao mesmo tempo — o que é raro.
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Nós já tínhamos ido lá antes, quando a Laura era bem pequena. Mas nunca tínhamos tido coragem de ir com os dois juntos. E, olha… sair com criança pequena é uma logística. A gente sempre pensa mil vezes: “Será que vai dar certo?”, “Será que vão se comportar?”, “Será que vamos conseguir aproveitar ou vai ser só estresse?”
No fim das contas, foi um domingo divertidíssimo.
O Bernardo encontrou dois outros Bernardos (!) e virou festa. A Laurinha devorou frutas vermelhas com aquela concentração apaixonada que só ela tem. E, de repente, percebi que não só estávamos vivendo aquele momento, como estávamos presentes nele. Eu e o papai conseguimos aproveitar a comida (sempre impecável), conversar entre uma colherada e outra, e até rir — sem pressa, sem culpa.
Rolezinho de Família #2: Espaço Kids, recreação e carnes no ponto perfeito
Fomos bem recebidos pelos funcionários, como sempre. Mas também por algo raro: o ambiente inteiro. As pessoas das outras mesas sorriram, interagiram, elogiaram as crianças — e isso faz uma diferença enorme.
Porque quem é mãe sabe: às vezes, a gente sente que certos espaços não são feitos pra gente. A gente se encolhe. Se adapta. Se pergunta se “pode” estar ali com criança. E naquele domingo, não.
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Naquele domingo, eu me senti incluída. Me senti parte. Me senti feliz com a minha família ali, ocupando espaço com barulho, sim — mas também com afeto, com doçura, com presença.
Parece bobagem pra quem não tem filhos, pra quem nunca viveu esse desconforto velado de não se sentir “adequado” num lugar elegante. Mas não é bobagem. É real.
E, naquele domingo, nossa família viveu — com sucesso — o nosso primeiro brunch juntos. Pequeno pra uns. Gigante pra mim.
O dia que sentei pra tomar um café com a minha maternidade – e minha melhor amiga
Se você também quiser viver essa experiência, dá uma olhada no @nhhotels e no @trinitas_restaurante. Pode ser que você redescubra uma parte sua ali, entre uma panquequinha e uma risada alta de criança.
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