Sábado, 31 de outubro de 2020. Esse será o dia em que o maior lutador da história do UFC se despedirá da organização. Paulista, mas radicado em Curitiba, Anderson Silva faz a sua última luta pela companhia contra o jamaicano Uriah Hall, a partir das 17h (horário de Brasília), pelo UFC Vegas 12.
Despedida? É dessa maneira que o Ultimate vem promovendo a luta do Spider. Entretanto, o ex-campeão dos médios garante que ainda tem muita lenha para queimar no octógono.
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“Tudo isso vai ser conversado. O meu foco é a luta com o Uriah, vamos ver o que vai acontecer. Foi algo de comum acordo. É a promoção da maneira correta, pois talvez seja realmente minha última luta. Depois, nós vemos qual caminho seguir. Eu realmente não sei por mais quantos anos posso lutar. O futuro promete muitas coisas”, disse o brasileiro ao Direto do Octógono.
Legado de glórias
Anderson Silva se despede do UFC após anos de glória no maior evento de MMA do mundo. O Spider iniciou a sua caminhada no Ultimate em 2006 e, logo de cara, nocateou em sua primeira luta, contra Chris Leben, em apenas 49 segundos de combate.
Logo após a estreia, o curitibano já teve a chance pelo cinturão dos médios e novamente aniquilou no primeiro assalto – superou o americano Rich Franklin. Depois disso, o Spider defendeu o cinturão em dez oportunidades e levou a melhor. Na 11ª, o brasileiro foi superado pelo americano Chris Weidman.
Após o tropeço, Silva passou por inúmeras dificuldades, como a grave lesão na perna, contra o próprio Weidman na revanche, duas suspensões por doping e novas derrotas. Nada que abale a grande carreira do eterno campeão.
“Legado não é o que você deixa para as pessoas, é o que você deixa nas pessoas. Eu deixei esse legado de persistência, carinho e é o que fica. Não sei como as pessoas vão lembrar de mim. Sempre tentei lutar com verdade, amor e carinho. Como as pessoas vão ver, é um pouco difícil saber. Mas, sempre subi lá com muito carinho”, ressaltou o Spider.
Anderson Silva e a grande identificação com Curitiba
Natural de São Paulo, Anderson Silva chegou em Curitiba com apenas quatro anos de idade e foi criado pelos tios. O início nas artes marciais foi meio de um projeto social na escola em que estudava. Depois, ele entrou em uma academia de Taekwondo, fez Boxe Tailandês e deu o pontapé inicial no MMA dentro da tradicional equipe Chute Boxe.
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“O Anderson vai deixar um legado grande dentro das artes marciais. Já escreveu o seu nome em letras de ouro. Entrou para a história. É um atleta muito eclético”, disse Rudimar Fedrigo, líder da Chute Boxe.
“Era a melhor equipe de MMA do mundo e eu fiz parte daquilo. Foi sempre uma grande honra e guardo dentro do meu coração. Só tenho a agradecer aos mestres Rafael Cordeiro, Rudimar Fedrigo e todos os parceiros de treino na época”, concluiu Silva.