A segunda-feira foi de luto no mundo da música, mais especificamente no sertanejo. A morte do cantor Gabriel Diniz pegou a todos de surpresa e foi mais uma daquelas fatalidades que mostram como tudo pode ser muito passageiro na vida.

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Aos 28 anos, ele lutou para chegar ao sucesso. Natural de Campo Grande (MS), foi criado em João Pessoa (PB) e muito influenciado pelo forró, tradicional no Nordeste. Aos poucos, porém, foi migrando para o sertanejo, fazendo parcerias com Jorge & Mateus e Wesley Safadão. Era a alternativa para explodir, uma vez que o sertanejo estava se tornando o ritmo mais tocado no Brasil.

Até que veio o hit Jenifer, que o fez ser conhecido em todos os cantos. A canção , foi uma das mais tocadas no verão e fez ele crescer e chegar aonde sempre quis. Só que quando estava no auge da carreira, veio o acidente. E que nos remete a uma outra fatalidade que, no final de junho, completa quatro anos, que foi a morte de Cristiano Araújo.

Também em uma tragédia, só que de carro, Cristiano acabou falecendo no dia 24 de junho de 2015, justamente quando vinha crescendo sua popularidade e tinha tudo para bombar até hoje. Um fato curioso é que naquele ano os dois gravaram Amor de copo.

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Mas, mais que a coincidência de já terem cantado juntos, é a circunstância da morte. Dois jovens artistas que não puderam usufruir muito do sucesso e que vão ser sempre lembrados, mas que se foram por conta desta correria que é uma vida de fama.

Gabriel aproveitava a segunda-feira, normalmente o dia de folga na semana dos cantores, para visitar a noiva, Karoline Calheiros, que fazia aniversário justamente neste dia 27. Para chegar mais rápido, aproveitou a carona no monomotor. O objetivo era passar mais tempo com os familiares, que ficam distantes diante de uma agenda tão preenchida.

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Cristiano Araújo faleceu também saindo correndo de um show para ir para outra cidade, onde se apresentaria no dia seguinte. Na época, muitos cantores falaram sobre essa vida corrida e que o acidente era um sinal para colocar o pé no freio, literalmente. O tempo passou e nada mudou. Pelo contrário, continuamos vendo muitos tocando em duas cidades diferentes na mesma noite.

Gabriel Diniz é mais uma vítima dessa loucura para cumprir contratos e necessidades. Todos nós corremos esse risco e, talvez, a lição que fique é de darmos valor ao tempo, que pode passar num piscar de olhos pela nossa frente. Vá com Deus, Gabriel!

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