Opinião

Fragmentos de Petraglia

Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná.

Assim falou Petraglia: “Gente, me poupem, não tenho mais para dar, minha competência está neste limite, da transformação de um time de bairro em campeão brasileiro por duas vezes”. 

Quando o torcedor observou que a torcida concorreu para essa transformação, Petraglia respondeu: “Torcida? O que além de encherem o saco fizeram? Nada! Não me façam me arrepender pelo que fiz para esse time de bairro que em 70 anos treinava na praça na frente da belíssima Baixada!”

Se os atleticanos esperam que eu destrave o gatilho da Winchester de John Wayne contra Petraglia, não continuem lendo. E adianto mais: entendo e compreendo Petraglia.

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As pessoas de personalidade complexa, e quando essa complexidade tem base na dubiedade, são intempestivas e não têm controle sobre si mesmo. O seu instinto de defesa, projeta-se além do limite da racionalidade. E nesse estágio fala o que não sente. 

Quando escreve que o “Athletico é um time de bairro”, o cartola não lembrou que de um “contador de notas”, hoje ostenta uma fortuna incalculável, cuja parte mais rica foi ganha nos últimos 25 anos, coincidentemente, depois que entrou no Furacão.

No caso, há uma agravante: aos 76 anos de idade, é um homem sob o controle da medicina, segregado pelo vírus, e impedido de usufruir pessoalmente dos seus principais valores (o dinheiro, em especial).

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A torcida que esqueça Petraglia. Ele está em fragmentos. E vitórias no campo vão e vem, embora tenha sido irresponsável de entregar a direção do futebol a Paulo André, e inconsequente ao atribuir virtudes definitivas ao treinador Eduardo Barros.

Petraglia precisa controlar seus ânimos

Então, a torcida que se acalme. O problema mais grave é outro. Petraglia precisa controlar os seus instintos para que o Athletico, na audiência do dia 6 de novembro, no Tribunal de Justiça do Paraná, consiga compor a dívida de R$ 650 milhões, que só em encargos contratuais e judiciais onera-o em R $6 milhões por mês, e que não disponibiliza todo o seu patrimônio. E, talvez, tenha adquirida a consciência de que nessa questão, o Athletico está desamparado e entregue ao Poder Público, por não ter adotado as providências que a causa exigia.

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