Não é fácil analisar uma vitória do Coritiba. Com um pouco de bairrismo e boa vontade, não é possível ir além do casuísmo, embora desse, às vezes, decorra o justo.

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No Couto Pereira, o Coritiba ganhou do Vasco (1×0), com um gol em um pênalti que exigiu a sua cobrança ser repetida.

Os pulinhos tradicionais do bom Sabino já foram descobertos pelos goleiros brasileiros. Dançando, fica-se no meio do gol onde, em regra, a bola é chutada. E, assim, o goleiro Fernando Miguel adiantado, portanto, irregular, defendeu. Depois, Robson fez o simples, que é fatal: marcou, 1×0.

O Coritiba ganhou do Vasco, como havia ganho do Sport. Quando o empate já lhe cabia bem pelos gols perdidos pelos cariocas, ocorreu o pênalti no final do jogo. Uma solução como essa só não é por acaso quando o time joga o mínimo para ganhar. E, o time de Jorginho continua jogando atrás, com medo, jogando como se uma “única bola” fosse a maneira absoluta de ganhar.

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Hugo Moura, que não defende e erra todos os passes, e Sarrafiore, que, talvez, engane a si próprio como jogador, não se enquadram ao conceito de reforços.

Os coxas dirão que estou sendo excessivo na crítica para um time que ganhou. Ocorre que a vitória isolada dentro de um campeonato por pontos corridos não pode ser analisada fora do contexto. Depois de quatro jogos sem vencer, se tivesse ganho por ter o mínimo de evolução, uma vitória nessas circunstâncias, teria que ser exaltada. Mas, evoluir com Jorginho, parece ser improvável.

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Pode ser até que o treinador tenha razão de jogar na retranca, com as mãos dadas a uma bola ocasional. Pode ser que ele seja o único no Couto Pereira que tenha a consciência de que limitado, o time tem que adotar a regra de não perder, fazendo da vitória um fato extraordinário. Mas, para não ser rebaixado, um time precisa de muitos fatos extraordinários, o que no futebol é impossível.

O Athletico, que já havia perdido para o São Paulo, e o Coritiba estão atrás, com 11 pontos.

Por enquanto, cara de um, focinho de outro.

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