Opinião

Athletico na boca da ZR: e agora, Petraglia?

Galhardo abriu para o Inter no Beira-Rio. Foto: Agif/Folhapress

Pelo Brasileirão, no Beira Rio, Internacional 2 x 1 Athletico. Quando um time não merecia perder, não se deve afirmar as suas virtudes que supostamente existiram.

Se fosse assim, os argumentos seriam inesgotáveis como a bola chutada na trave por Ravanelli, e o milagre do goleiro Lomba nas investidas finais de Kayser. O que se deve afirmar são as razões para a derrota.  

Se os bons momentos do Furacão nesse Brasileirão dão para contar nos dedos, incluam-se os 20 minutos finais do jogo de ontem no Beira-Rio. A partir das entradas de Ravanelli e Walter, o Athletico submeteu o Internacional ao seu domínio. Mas, para isso, obrigou-se a passar de todos os seus limites, técnicos, táticos e físicos. Para sair como injustiçado, foi à exaustão.   

Agora não adianta mais afirmar que Fabinho e Pedrinho são peladeiros, que Carlos Eduardo, apesar da jogada para Kayser marcar, não consegue pensar e correr ao mesmo tempo, que Erick e Cittadini não se impõem em um setor que exige imposição, e que Walter é casual. Com a suspensão da FIFA, não podendo contratar, é o que o que sobra para o Furacão jogar até o final. O inativo Jadson pouco vai acrescentar.

O raciocínio de Petraglia tem que adotar esse parâmetro: ontem no Beira-Rio, o time foi ao limite, e mesmo, assim, está na boca da zona de rebaixamento há cinco rodadas. Com Eduardo Barros, se o time joga mal, perde, é natural; mas, quando joga bem, também, perde.

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O mágico do Couto

O CSA goleou o Paraná por 4 a 0. O detalhe não está no fato em si, mesmo que o goleado tenha sido o Paraná. O detalhe é que o técnico do CSA é Mozart, que pegou o CSA em plena queda e, agora, ameaça disputar uma vaga no G4.

Como uma coisa chama a outra, lembro que o único bom jogo que o Coxa fez foi na vitória, em Bragança Paulista. O técnico interino era Mozart. Como outra coisa chama mais uma coisa, lembro que se a análise sobre um jogo Coritiba fosse limitada a jogar bem ou não, seria pura tese acadêmica sustentada pelo ponto de vista do analista. 

Ocorre que a questão se torna complexa, porque o Coritiba de Jorginho é tão negativo, que faz prevalecer a linguagem figurada: ele simplesmente não joga. 

Jorginho afirma que “não sou mágico”. Presume-se que o Coritiba não pretendeu contratar um mágico, mas um treinador. E para ganhar no futebol não se exige nenhuma mágica. Basta acertar mais do que errar, ou, então, saber compensar os defeitos individuais de um time com uma ordem razoável.

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