Qualidade da vida sexual é importante para o brasileiro na maturidade

Para mais de 90% dos entrevistados do Estudo Populacional do Envelhecimento (EPE), conduzido pela ProSex (Projeto Sexualidade da USP) com mais de 10 mil homens e mulheres acima de 40 anos, com apoio da Bayer Schering Pharma, o sexo é importante para a harmonia do casal. Mas a maturidade traz mudanças físicas e psicológicas que podem comprometer a qualidade de vida sexual.

O EPE também mostrou que, entre os homens, o medo de perder o desejo sexual é tão grande quanto o medo de não ter renda (30,8% versus 30,6%). Entre as mulheres, uma pesquisa do Projeto Afrodite, da Unifesp, apontou que as principais queixas na maturidade são diminuição do desejo sexual (47%) e diminuição do desejo associada à dificuldade de atingir o orgasmo (18%), entre outras.

Segundo especialistas, os problemas relativos à vida sexual na maturidade estão geralmente ligados às alterações hormonais que ocorrem na menopausa e na andropausa. Além da queda na libido, essas condições têm entre seus principais sintomas depressão, irritabilidade, alterações do sono e outros fatores que podem prejudicar a vida afetiva e sexual. Nas mulheres, a secura vaginal e a dor durante o ato sexual também são freqüentes.

De acordo com a endocrinologista Ruth Clapauch, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a queda da potência sexual que corre na maturidade tem grande impacto no homem, pois a percepção da masculinidade fica prejudicada, o que pode trazer reflexos importantes no âmbito do relacionamento.

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