Prazer renovado na relação sexual

Costuma-se afirmar que um dos maiores medos de um homem é a ereção ?falhar? na hora de uma relação sexual. Mesmo que se confirme como um mito, o fato é que a impotência sexual já assusta cerca de 25 milhões de brasileiros, incapazes de obter ou manter uma ereção suficiente para penetração e ter uma relação sexual satisfatória. O problema pode ocorrer em homens de todas as idades, e não é uma conseqüência natural do envelhecimento. A boa notícia é que, em mais de 90% dos casos, a impotência pode ser solucionada.

O urologista José Maurício Frehse esclarece que a impotência e disfunção erétil são termos usados para designar o distúrbio, mas o correto seria disfunção erétil, pois a impotência pode igualmente significar outros desconfortos, como medo de falhar, estresse, ansiedade, depressão e baixa auto-estima. O médico explica que o distúrbio pode estar relacionado com causas orgânicas e psicológicas, além de questões comportamentais, como maus hábitos alimentares, fumo, álcool e sedentarismo. ?Esta incapacidade, por vezes momentânea, não deve ser confundida com a falta ou diminuição da libido?, menciona.

Hoje, sabe-se que a disfunção erétil (uma das causas da impotência) é uma doença que atinge aproximadamente 150 milhões de homens no mundo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) sugerem que 30% da população economicamente ativa manifesta algum tipo de distúrbio, índice que no Brasil pode representar mais de 10 milhões de homens. Segundo o médico, as causas orgânicas passam, principalmente, por problemas circulatórios, hormonais ou anatômicos. ?Nos pacientes mais jovens, a maioria dos casos tem fatores psicológicos e nos mais idosos, os distúrbios orgânicos são os que mais influenciam na doença?, atesta Frehse.

Arsenal terapêutico

O tratamento depende da causa e da sua gravidade. Para o urologista Marco Gubert, a impotência pode ser revertida na grande maioria dos casos. ?Só não retorna ao ato sexual prazeroso aquele paciente que não procura um especialista?, afirma. Os números apontam um número crescente de homens que ignoram alguns preconceitos e procuram auxílio médico para solucionar o problema.

A Sociedade Brasileira de Urologia reconhece diversos tratamentos para disfunção erétil. É fundamental, no entanto, precisam ser recomendados por um médico capacitado, de forma que não tragam ainda mais prejuízos ao paciente. O arsenal terapêutico atualmente disponível para o tratamento da disfunção erétil compõe-se de uma diversidade de alternativas que incluem a psicoterapia e a terapia comportamental, modalidades aplicadas por profissionais especializados em tratamentos psicológicos como psiquiatras e psicólogos.

Na maioria dos casos a disfunção erétil não pode ser curada. No entanto, existem novas opções que podem auxiliar o homem a responder efetivamente à estimulação sexual. Dentre os tratamentos clínicos estão a administração de medicamentos via oral, reposição hormonal (medicamentos compostos de hormônios), drogas de uso intrauretral, injeção intracavernosa (aplicadas no pênis), tratamento cirúrgico, aparelho a vácuo e próteses penianas. Os médicos observam que, a prescrição de medicamentos para a disfunção erétil funciona na maioria dos casos, mas não para todos. Por isso, é importante decidir e fazer o tratamento indicado por um médico especializado para se obter o melhor resultado.

Diagnóstico da disfunção erétil

>> Avaliações psicológicas

>> Exames de dosagem hormonal

>> Avaliação prostática

>> Teste de ereção farmacoinduzido

>> Cavernosometria e cavernosografia (Estudo dos tecidos cavernosos)

Números da impotência no Brasil

>> 47% da população masculina entre 18 e 70 anos manifesta alguma dificuldade
de ereção

>> 32% deles têm pequena dificuldade de obter ou manter a ereção

>> 12% sofrem dificuldades um pouco maiores

>> 3% não conseguem ter ereção.

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