Pesquisadora estuda endometriose

Um mal silencioso e de difícil diagnóstico. Assim é considerada a endometriose pélvica, doença que se desenvolve em mulheres, principalmente na idade reprodutiva, e que se manifesta através de dores na região pélvica e durante a relação sexual, além de fortes cólicas menstruais. Segundo a ginecologista Vívian Ferreira do Amaral, que estuda o assunto há mais de dez anos, a doença é mais comum do que se imagina, acometendo de 10% a 15% das mulheres brasileiras em fase de reprodução. A pesquisadora acaba de dar início a um projeto pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) criado para obter dados de pesquisa e dar assistência a mulheres que sofrem da endometriose.

A doença se caracteriza pelo desenvolvimento e crescimento de células originadas dentro da camada interna do útero, do lado externo do órgão. Isso acontece porque, durante a menstruação, as camadas mais externas do endométrio – tecido que compõe o útero internamente – saem junto com o sangue menstrual. Estas células podem ser armazenadas nas tubas (ou trompas de falópio) e nos ovários, por exemplo.

De acordo com Vívian, ?vem aumentando cada vez mais o número de mulheres que têm endometriose, inclusive entre as adolescentes. O problema é que o diagnóstico é muito difícil, tem de ser feito por videolaparoscopia e comprovado por biópsia?, acrescenta. Enquanto isso, além das dores, as mulheres têm conseqüências psicológicas. ?Se sentem incompreendidas, incapazes e acarretam males como ansiedade e depressão, alterando sua capacidade produtiva e qualidade de vida.?

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