O trabalho na UTI é grande privilégio

O médico intensivista é treinado e certificado em uma especialidade cujo foco principal é a medicina crítica. Ele promove atenção médica qualificada nas unidades de terapia intensiva (UTIs). Dedica quase a totalidade do seu tempo profissional à prática da medicina de urgência. Realiza sua atividade em um hospital de emergências 24 horas por dia, durante os 365 dias do ano.

É claro que o desempenho dessa especialidade, ainda pouco difundida, envolve muitas outras variáveis e obrigações, mas pode-se avaliar o grau de envolvimento e dedicação que ela exige. É isso o que acontece com a médica intensivista Mirella Cristine de Oliveira, diretora clínica das UTIs do hospitais Vita e do Trabalhador, e que já passou pelo atendimento de emergência nos hospitais Nossa Senhora das Graças, Hospital de Clínicas, das Nações e Santa Casa de Misericórdia de Curitiba.

Totalmente comprometida com a especialidade, a médica se dedica de corpo e alma ao doente agudo. ?Não tenho o perfil para o atendimento clínico, prefiro intervir no paciente que requer atenção imediata, podendo ser o diferencial para que ele recupere a saúde e, muitas vezes, a vida?, declara.

A dedicação quase exclusiva fez da profissão o seu ideal de vida. A médica optou por não constituir família e, por isso, tem poucas folgas durante o ano, se colocando em sobreaviso constante para atuar nas urgências e emergências. ?Por isso, sempre fui a mais procurada para troca de plantões, principalmente em feriados de final de ano?, brinca.

A médica faz questão de que estar presente e poder conduzir as terapêuticas complexas, de participar e ser a fonte de esperança, de envolvimento e carinho para o paciente e sua família. ?A base de uma UTI mais humanizada?, realça. Para ela, a especialidade se resume nisto, na ação, na presença e na solidariedade.

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