O câncer de pâncreas é um dos mais letais

A morte do ator Patrick Swayze trouxe à arena de discussões a agressividade do câncer de pâncreas, um dos tumores mais letais que existem, principalmente, pela extrema dificuldade em fazer o diagnóstico, o que atrasa o início do tratamento e diminui as chances de cura. O pâncreas faz parte do aparelho digestivo.

“É a glândula responsável por produzir líquidos enzimáticos, que atuam da digestão dos alimentos, e a insulina, hormônio que controla o nível de açúcar no sangue”, explica Carlos A. Sabbag, cirurgião do Aparelho Digestivo. Como todo tumor maligno, o câncer pancreático demora a alterar a função do órgão, por isso os sintomas inexistem até a doença alcançar um estágio avançado.

Os principais sinais são dores abdominais, que podem se estender até as costas, emagrecimento rápido, pele e olhos amarelados (icterícia), além de fraqueza, náuseas e diarréia.

O pâncreas se localiza em uma área de difícil acesso e visibilidade. Também os exames clínicos não são muito eficientes para o diagnóstico. Com o passar do tempo, a terapia vai perdendo a eficácia, e o tratamento passa a ser apenas paliativo.

A própria dor abdominal já é um sinal de que o tumor está em estágio avançado comprometendo o prognostico. A cirurgia é a única intervenção com o objetivo de curar o paciente, com a retirada do câncer e de parte de outros órgãos que tenham sido afetados.

A quimioterapia e a radioterapia somente ajudam no alívio dos sintomas e a extensão do tempo de vida do paciente. Carlos Sabbag alerta que o diagnostico precoce é o maior aliado do sucesso do tratamento.