Joelho: desgaste e rompimento

O ligamento cruzado anterior se rompe em centésimos de segundo. Um giro de corpo, o joelho se desloca e crack. A angústia e o medo tomam conta da cabeça do jogador de futebol que vê a sua carreira esportiva correr perigo. O rompimento do ligamento cruzado é a lesão mais grave que afeta os jogadores de futebol. Os médicos estão preocupados com a epidemia dessas lesões entre os atletas. ?Nunca se teve notícias de tantas cirurgias de ligamentos cruzados?, dizem.

A cirurgia não é muito complicada, entre uma hora e hora e meia, dependendo da lesão ter afetado outros elementos do joelho e a recomposição do ligamento. Só que a recuperação é demorada, tortuosa e, muitas vezes, cheia de problemas. Necessita de fisioterapia, hidroterapia e academia de ginástica em sua primeira fase. Depois, uma adaptação paulatina aos movimentos no gramado. Bola e a volta aos treinamentos normais somente meses depois.

O joelho pode ser comparado a uma articulação do tipo dobradiça de porta que se movimenta somente para trás ? nem para frente nem para os lados. Por conta do seu limitado leque de movimentos, apresenta alto índice de estiramentos e outros tipos de lesões.

As notícias mais impactantes dão conta, com relativa freqüência, de atletas profissionais que rompem o ligamento cruzado anterior, porém a lesão mais comum é o rompimento do menisco, uma cartilagem que, além de absorver choques, ajuda a lubrificar e dar maior estabilidade à articulação.

O menisco pode se romper por lesão traumática (quando um jogador chuta um montinho de grama, seu corpo pode girar, mas o joelho não, porque o pé fica preso), mas também ao excesso de peso e pela repetição de movimentos simples, como agachamentos.

Os atletas ganham as manchetes dos jornais, mas as mulheres são cerca de oito vezes mais propensas a ter rompimento de ligamentos que os homens. A construção frouxa do joelho feminino pode comprometer a estabilidade e predispor as mulheres às lesões.

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