3.600 paranaenses na fila à espera de transplante

Em todo o País, 50 mil pessoas aguardam por um transplante na fila de espera. Desse total, 3.600 se encontram no Paraná, segundo dados da Central Estadual de Transplantes de Paraná (CTP). No Paraná, a maior procura é por rins. Até o início de novembro, 2.111 pacientes aguardavam na fila de espera por este órgão. Logo em seguida vem a córnea com 1.069 pessoas, fígado com 435 pacientes e por último, coração, com um total de 76 pacientes. Há uma fila única de receptores, para não favorecer um paciente em detrimento de outros.

A dona-de-casa Iraci Zaranski, de 24 anos, fez transplante de rins e pâncreas no dia 7 de junho de 2001 no Hospital das Clínicas. “Esperei por sete anos na fila para conseguir realizar o transplante. Demorou demais e esse é o principal problema. Como não são realizadas muitas doações, as pessoas que necessitam de um transplante passam muito tempo na espera”, afirma.

Para estimular as doações, técnicos e colaboradores da Central Estadual de Transplantes do Paraná (CTP) estiveram ontem na Praça Rui Barbosa, em Curitiba, esclarecendo dúvidas da população e incentivando a doação de órgãos. A CTP engloba todas as atividades relacionadas a transplantes, desde o credenciamento dos serviços até a distribuição dos órgãos. Durante o evento foram realizadas apresentações de dança e do Coral de Curitiba.

Doações

Existem dois tipos de doador: o doador vivo e o doador cadáver. O primeiro pode doar um dos rins, parte do fígado e parte da medula óssea. Pela lei, parentes de até quarto grau e cônjuges podem ser doadores e não parentes somente com autorização judicial. O doador cadáver é quando ocorre morte encefálica (m.e) pacientes em UTI com morte encefálica, geralmente vítimas de traumatismo craniano ou coração parado (p.c.r) – parada irrecuperável de todas as funções cardíacas. A retirada dos órgãos é realizada em centro cirúrgico. A doação dos rins e do pâncreas para Iraci, foi feita de um cadáver.

“Quem quiser fazer a doação deve procurar o CTP, em caso de doador vivo. No caso de doador cadáver, o doador deve deixar avisado, conversar com toda a família, para que quando ocorra algo, seus órgãos possam ser transplantados. Estamos aqui para chamar a atenção das pessoas para esse problema que afeta mais de 3 mil pessoas no Paraná. Cada doador, pode salvar a vida de até cinqüenta pessoas”, explica Arlene Badoch, coordenadora da CTP.

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