Trabalhe nos EUA neste fim de ano

Se a idéia é aproveitar as férias de verão para trabalhar no exterior, é melhor se apressar. É que já está acabando o prazo para inscrição em um dos programas de trabalho remunerado oferecidos nos Estados Unidos especialmente a universitários. Os pré-requisitos são: estar matriculado em uma instituição de ensino superior, seja em curso de graduação ou pós-graduação e ter idade entre 18 e 28 anos, conhecimento intermediário de inglês e disponibilidade mínima de doze semanas, entre novembro e março.

Entre os locais que oferecem vagas a universitários brasileiros estão estações de esqui, hotéis, resorts, centros de conferência, restaurantes, parques de diversão, parques nacionais e lojas de conveniência. Os programas têm duração de três a quatro meses, no período de 15 de novembro a 15 de março.

A remuneração depende da empresa e a função que será desempenhada, variando entre US$ 5,15 e US$ 12 por hora e a carga de trabalho é de vinte a cinquenta horas semanais.

Fabíola Valle, consultora da Central de Intercâmbio (CI), orienta que os interessados em participar deste programa – Trabalho de Férias nos Estados Unidos – se inscrevam até o fim deste mês, já que alguns trâmites, como o agendamento da entrevista para obtenção do visto e a própria liberação da autorização, demandam tempo.

Ela recomenda o programa de trabalho como consultora e também como participante. Fabíola já foi duas vezes aos Estados Unidos por meio do Trabalho de Férias e está pensando em uma terceira. ?Foi a melhor experiência da minha vida, aprendi a ser mais independente e estou mais confiante; além de que conta muito para meu currículo?, comenta.

Na Experimento Intercâmbio Cultural, o programa de trabalho remunerado para universitários no exterior é o Work & Adventures, por meio do qual o universitário brasileiro poderá trabalhar em empresas como as redes de hotéis Marriott e Holiday Inn, o parque Walt Disney World, o resort Attitash, as redes de lanchonetes Mc Donald?s e Burger King e a rede de farmácias CVS.

Mário Valiati, proprietário da Experimento, destaca o programa de trabalho no exterior como uma prática das mais válidas. ?Há muitas vantagens, como a possibilidade de melhorar a fluência no idioma; a primeira experiência profissional, mesmo que não seja no mesmo ramo de atividade; conhecer outro país e sua cultura?, cita. ?Além disso, o participante ainda pode recuperar parte de seu investimento nos três meses de trabalho, já que irá receber uma média de US$ 8 por hora para trabalhar de trinta a quarenta horas por semana?, ressalta.

Na World Study Educação Intercultural, o programa é o True Trabalho Remunerado para Universitários no Exterior, que tem duração de até quatro meses de trabalho e mais um mês de turismo. As matriculas estão abertas até 10 de novembro, porém, Marcelo Cansini, responsável pelo True, aconselha que os interessados se matriculem o quanto antes para poder participar das feiras de recrutamento com os empregadores. Estes eventos já começaram e vão até outubro. Em Curitiba, acontecerá no próximo dia 17 (ainda não está confirmado o local) e estarão presentes representantes das empresas 7 Eleven (lojas de conveniência), Wyndham Hotels e Resorts e Hyatt Hotels.

Fique atento ao prazo do High School

Vinícius Monteiro/arquivo pessoal
San Diego, na Califórnia (EUA), é uma das cidades onde é
oferecido o High School.

Ao contrário dos programas de trabalho voltados a universitários, oferecidos a brasileiros nos Estados Unidos, os de High School permitem aos jovens que estão cursando o Ensino Médio no Brasil poder escolher o país onde querem estudar. Além de estar matriculado no Ensino Médio, é preciso ter idade entre 15 e 18 anos e disponibilidade de seis meses ou um ano, além de nível de conhecimento intermediário de inglês.

A World Study informa que já não há vagas para o programa que tem início em janeiro para Itália, Estados Unidos e Austrália. Ainda estão disponíveis vagas para Nova Zelândia e Canadá, mas é preciso se apressar para haver tempo hábil para mandar a documentação para a escola. O curso de seis meses na Nova Zelândia, por exemplo, custa 11.540 dólares neozelandeses (aproximadamente R$ 16 mil) e o de seis meses no Canadá, 8.850 dólares canadenses (cerca de R$ 16,5 mil). O pagamento do programa precisa ser quitado até janeiro (mês do embarque).

A equipe da World Study alerta também que as vagas para o curso que tem início em agosto do ano que vem nos Estados Unidos também estão acabando.

Custo equivalente

Vinícius e a família Maccabe, no Balboa Park, em San Diego.

?O programa de High School tem uma particularidade que o mercado ainda não assimilou: o preço do programa é equivalente ao que uma pessoa vai gastar no Brasil para manter seu filho no Ensino Médio, incluindo casa, alimentação, estudo, curso de inglês e plano de saúde?, observa Mário Valiati, proprietário da Experimento Intercâmbio Cultural.

Segundo ele, os Estados Unidos são o país mais procurado por quem quer fazer High School, principalmente porque é o mais barato: o programa custa US$ 5,6 mil por ano, incluindo acomodação em casa de família, alimentação, estudo e seguro-saúde. ?Fazendo as contas e conversão, são cerca de R$ 930 mensalmente, que é mais ou menos o que se gasta aqui com um jovem que esteja cursando o Ensino Médio?, comenta Mário. A Experimento oferece o programa também na Austrália, Canadá, Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda, Nova Zelândia, Suíça, Argentina, França, Espanha, Alemanha e Japão.

Fabíola Valle, da Central de Intercâmbio, informa que o programa de High School nos Estados Unidos tem início em janeiro/fevereiro ou agosto/setembro para um semestre letivo e agosto/setembro para um ano letivo. Entre os pré-requisitos para estudar naquele país, ela lembra que o aluno deve ter também um bom aproveitamento escolar, sem nenhuma repetência nos últimos três anos, e nível de conhecimento intermediário em inglês (verificado por meio de teste aplicado pela CI). Nos outros países, há exigências específicas; em geral, exige-se conhecimento de nível intermediário na língua nativa. (DS)

Voltar ao topo