Optar pela Austrália pode ser uma boa surpresa

Jovens entre 14 e 18 anos, que ainda estão cursando o segundo grau, e pretendem fazer um semestre ou um ano letivo fora do Brasil têm na Austrália uma das opções mais interessantes. O maior país da Oceania tem exercido fascínio sobre os visitantes pela natureza exuberante e já se tornou o terceiro maior em número de estudantes estrangeiros, depois dos Estados Unidos e da Inglaterra.

Durante 10 anos, desde que os programas de intercâmbio começaram a ganhar popularidade, os Estados Unidos eram praticamente o único destino dos estudantes que procuravam agências para fazer uma série escolar em outro país. Nos últimos anos, no entanto, outros destinos passaram a abrir essa oportunidade a jovens que não almejam morar definitivamente em outro lugar, mas procuram aliar estudo no exterior a passeio turístico.

Por esse motivo, e também porque a Austrália oferece um tipo único de ensino, com método de aprendizado, que incentiva a criatividade e o pensamento independente. A ?terra dos cangurus? está virando o destino da moda entre adolescentes.

Adriana Gandim: seduzida
pela natureza e surfe.

Adriana Fronza Gandim, de 17 anos, encantou-se pela proposta da viagem e terminou o segundo ano do ensino médio em Gold Coast, região da Costa Leste do continente, no Estado de Queensland. A estudante escolheu o país por causa do surfe, porém não apenas o esporte, mas também a cultura do país fascinaram a catarinense. ?Pratico surfe desde os meus 13 anos e vivi esse esporte intensamente em meu intercâmbio. Como morei de frente para a praia, todos os dias, antes de ir para a escola, eu caía na água?, conta Adriana , que teve a sorte de ser acolhida por uma família de surfistas. ?Meu pai da Austrália também gostava de esportes marítimos. Ele me levou para conhecer The Great Barrier Reef, a maior barreira de coral do mundo. Como fiz mergulho como disciplina optativa na escola de lá, pude nadar com tartarugas na barreira. Foi maravilhoso?, conta a estudante, que ficou seis meses na Austrália.

Gold Coast, em Queensland,
cercada por praias e florestas.

Em Gold Coast, Adriana estudou na Miami High School, onde pode sentir o carinho que os australianos têm pelo Brasil e aproveitar cursos como fotografia, surfe – na turma de iniciados – e mergulho, oferecidos pela escola. Questionada sobre a importância de viver e estudar fora do País, ela não tem dúvidas de que a experiência foi um teste de independência, que fará a diferença no futuro. ?Na Austrália eu me virei sozinha em várias situações. Precisei pegar ônibus, vencer a timidez para falar inglês com pessoas estranhas e fazer apresentações de seminários na escola?.

Jaqueline Fronza Gandim, mãe de Adriana, acredita que a filha voltou dessa temporada mais madura. ?Longe de casa, a Adriana aprendeu, principalmente, a administrar seu dinheiro. Isso foi muito bom, pois deu independência a ela?. De acordo com Marion Gottschalk, coordenadora do programa de intercâmbio/High School, uma experiência como essa pode transformar de maneira positiva a vida do adolescente como poucas chances: ?A experiência de ir morar na casa de uma família diferente da sua, integrar-se a outra comunidade e viver os costumes dessa sociedade, modifica o adolescente. Ao sair de casa, o jovem se vê obrigado a mudar muitas de suas atitudes e amplia seus horizontes. Além desse amadurecimento, há o aprendizado mais profundo da língua inglesa, pois o jovem adquire fluência no idioma e se torna uma pessoa mais independente e flexível?, conclui.

Por que estudar lá?

Melbourne é uma das oito
cidades australianas nas quais
a Intercultural oferece o curso
em quase trinta escolas.

De um curso de idioma, a viagem para a Austrália se transforma em uma chance de conhecer lugares exóticos com muitas opções turísticas de lazer. Pessoas de mais de 200 países migraram para lá, transformando o continente em uma das regiões mais diversificadas do mundo culturalmente. Segundo Felipe Jendiroba, diretor da Intercultural, essa natureza multicultural da sociedade australiana faz esse povo tão hospitaleiro quanto o brasileiro. ?Estudantes estrangeiros são prontamente aceitos na Austrália, por outros estudantes e por professores, que já têm experiência em ensinar turmas com alunos de vários países?.

Os colégios na Austrália estimulam o aluno a desenvolver suas potencialidades, oferecendo disciplinas um tanto originais. Para cada perfil de estudante, há uma opção diferente. Para os que curtem arte, tem cinema, televisão, teatro, dança. Pode-se aprender outros idiomas como japonês, mandarim, latim, francês. Há opção também nas áreas biológicas, como estudos marinhos e geologia. A Intercultural oferece matrícula em quase 30 escolas de oito cidades australianas, incluindo grandes centros como Brisbane, Sydney e Melbourne.

Extra-classe

Pôr do sol realça a beleza no
fim de tarde de Sunshine Coast.

No período extra-classe, alternativas de lazer não faltam. Em Gold Coast, distante cem quilômetros ao sul da cidade da capital, Brisbane, os quilômetros de praias, com águas mornas do Oceano Pacífico, são sempre um convite para mergulho, surfe ou pesca de molinete. A população supera os 440 mil habitantes, e a região apresenta, atualmente, o maior índice de crescimento na Austrália. Milhares de turistas, a cada ano, procuram a Gold Coast por suas praias de águas cristalinas, clima sem extremos e pela diversão oferecida.

Conhecida como a Cidade Luz da Austrália (vista do espaço pelo astronauta John Glenn), Perth, no sudoeste do Estado de West Austrália, é considerada a metrópole mais isolada do mundo e a quarta maior do país – com um milhão e seiscentos mil habitantes. Banhada pelo Oceano Índico, moderna e jovem, a cidade tem um dos melhores zoológicos do país, o Zoo de Perth, onde se vê coalas e cangurus em seu habitat natural, além de uma rica variedade de animais noturnos.

Localizada ao norte de Sydney, Cairns é conhecida principalmente por abrigar a Grande Barreira de Corais, patrimônio mundial da Unesco e maior formação de corais do mundo, com cerca de 2,3 mil quilômetros. É composta por 600 ilhas continentais e 300 atóis e nela vivem aproximadamente 12 mil espécies de peixes, corais, moluscos, algas marinhas e crustáceos.

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