Chapada Diamantina, cheia de surpresas

Turista se arrisca nos paredões da Cachoeira da Fumaça, a de maior queda livre do Brasil.

Um convite irrecusável: sete dias conhecendo a Chapada Diamantina, terra de mineiros, jagunços, coronéis, natureza e acima de tudo água, muita água incrustada entre o sertão e o litoral da Bahia. O convite foi feito por uma das cinco empresas de turismo que recentemente criaram um pool para revitalizar o fluxo de visitantes à Chapada, quebrado por anos de descaso de governos incautos com estradas e infra-estrutura básica. Soma-se a isso a interrupção de vôos semanais para o aeroporto de Lençóis, principal ponto de partida para quem pretende descobrir as maravilhas que o encontro de vegetações e mudanças geográficas na região teve o capricho de criar.

Essas empresas – todas especializadas em ecoturismo -convenceram a Ocean Air a voltar a operar ao menos um vôo semanal para Lençóis, o que economiza aos turistas ter que enfrentar os cerca de 410 quilômetros que separam Salvador do município através de estradas lastimáveis, mesmo que os habitantes da região afirmem curiosamente que ?agora as estradas estão boas?. A falta de meios confortáveis para se chegar à Chapada custou anos de má propaganda e conseqüente queda de visitantes. Poucas eram (e ainda são) as empresas que oferecem pacotes a esse que chegou a ser um dos destinos mais procurados por visitantes estrangeiros que vinham ao Brasil.

A viagem – realizada em maio último – a princípio pode assustar os mais receosos com caminhadas longas: o roteiro inclui visitas aos principais pontos de visitação do Parque Nacional da Chapada Diamantina e de seu entorno, com o pacote da operadora de turismo alertando para andadas de até 14 quilômetros! Além disso, o kit que o visitante precisa levar inclui de botas e tênis especiais para caminhadas até roupas e capas à prova d?água. Mesmo esse repórter, não sendo um entusiasta do ecoturismo, não encontrou nenhuma dificuldade em atravessar os desafios impostos pelas trilhas, subidas e pequenas escaladas. E atesta: a maioria do que é indicado ao viajante levar acaba sendo útil em algum ponto da viagem.

Já na chegada, uma pitada de aventura

Morrão é um dos elementos que compõem os cartões-postais da Chapada.

Chegando a Salvador é preciso fazer uma conexão do Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães ao Aeroporto Coronel Horácio de Matos, a vinte quilômetros de Lençóis. De um coronel a outro. Mas essa é uma história para mais tarde. A surpresa era descobrir que o avião que nos levaria até o destino é um Fokker 50, daqueles de hélice. Uma pitada a mais na sensação de aventura que envolve a viagem (mesmo que o avião passe muito mais tranqüilidade do que muitos jatos grandes de algumas companhias).

Mas o tempo, essa variável incontrolável nas viagens, estava fechado (sim, em maio também faz frio na Bahia). Com isso o avião, que só pousa com a ajuda de meios visuais, foi obrigado a voltar a Salvador. Mas as cinco horas de ônibus entre as duas cidades, apesar de cansativas, apresentam uma aula valiosa sobre a realidade do estado.

Logo saindo do aeroporto em direção à BR-242, nos deparamos com barracas mal arranjadas na beira da estrada com crianças oriundas de assentamentos rurais próximos vendendo frutas da região. À medida que o veículo ganha a estrada, a paisagem é tomada por vilarejos do sertão baiano, com suas já folclóricas construções coloridas unidas umas às outras. Não é difícil logo notar os detalhes políticos que enfeitam as paredes, quase todos ligadas ao senador Antônio Carlos Magalhães.

Recepção

A principal emoção que toma conta do viajante na chegada à contagiante Lençóis é a surpresa. Depois de quilômetros de uma paisagem sofrida, a cidade é um exemplo de que investimentos bem aplicados podem fazer mesmo a diferença em um estado tradicionalmente com problemas em função de maus administradores. Lençóis se localiza ao lado do Parque Nacional da Chapada Diamantina, sendo o centro econômico da região. Fundado como um arraial em 1845 por garimpeiros em busca dos diamantes recém-descobertos na região, o município é um reflexo das variações econômicas e políticas que essa atividade econômica impôs à Chapada.

A infra-estrutura construída com os dólares que os atuais ?exploradores? deixam por lá surpreende: internet, celular, hotéis de primeira linha. Há opções de hospedagem para o mochileiro e até para quem quer aliar o prazer da natureza com o conforto da vida moderna. O Hotel Canto das Águas foi construído ao lado do Rio Lençóis. Os quartos a partir dos quais se pode ouvir o barulho das cachoeiras têm diárias mais caras do que os demais. Já o Hotel de Lençóis, onde a reportagem de O Estado ficou hospedada, é o mais antigo da cidade, inaugurado em 1979 em um antigo casarão.

E se existe alguma dificuldade para um sulista entender as vocações políticas de um baiano, ela logo se esvai com a cordialidade e atenção com que esse povo recebe o turista, principalmente no interior do estado. Eles são sempre dispostos e solícitos e hospedar-se em algum dos hotéis da região é um deleite incomparável. (DD)

Exploração começa pelas cavernas

Fotos: Diogo Dreyer
Em meio à grande cadeia de serras está o Morro Pai Inácio, um dos ícones da Chapada Diamantina.

O primeiro passeio é até a Gruta da Torrinha, considerada a caverna mais completa em formações geológicas do mundo. Distante cerca de vinte quilômetros de Lençóis, a caverna fica no município de Palmeiras, que abriga um sistema de cavernas e grutas, com quase duzentas delas já catalogadas. O caminho até lá é revelador: logo na saída da cidade o viajante dá de cara com os morros da região: o Pai Inácio, o Camelo, o Morrão. Alguns deles importantes para o turismo pois abrigam as belas cachoeiras da região.

Aqui vale uma explicação geográfica. A Chapada Diamantina compõe a unidade geológica conhecida como a Serra do Espinhaço. Trata-se de um altiplano extenso, com altitude média entre 800 e 1,2 mil metros acima do nível do mar. A serra da Chapada abrange uma área aproximada de 38 mil quilômetros quadrados, divisora de águas entre a bacia do Rio São Francisco e os rios que deságuam diretamente no Oceano Atlântico, como os rios de Contas e o Paraguaçu. Nessa cadeia de serras são encontrados os picos mais altos da Bahia.

Os altiplanos também têm uma característica importante: eles ?seguram? as nuvens na região, o que garante ano inteiro com abastecimento de água. Além disso, ali se encontram trechos de Mata Atlântica, cerrado e caatinga, que mesmo sendo característica de lugares secos, permanecem verdes o ano inteiro na região da Chapada.

Chegando à Torrinha, o turista percebe uma importante diferença para outros pontos brasileiros que recebem grande fluxo de estrangeiros: os preços são bem acessíveis. Uma garrafa de água mineral na entrada da caverna sai pelo mesmo R$ 1 que se paga em qualquer padaria em Curitiba.

O passeio pela caverna dura cerca de três horas. Lá, o visitante encontra estalactites, estalagmites e espelhotemas inéditos em outras cavernas ao redor do mundo. Mas o momento mais emocionante é quando, a oito quilômetros dentro da montanha, as luzes são desligadas por um minuto. O silêncio e a escuridão são quase palpáveis. Outra atração na região das cavernas são as pinturas rupestres, com idades calculadas de oito a dez mil anos.

Pai Inácio

A história da Chapada se divide nos seus três ciclos econômicos. O primeiro deles foi o ciclo do ouro, que durou de 1710 até meados da década de 1800. Depois veio o mais rico deles, o ciclo do diamante, que deu o nome à região. A parte histórica também aparece com força em todos os municípios, já que a extração de diamantes agitou a segunda metade do século XIX e início do século XX. Lençóis chegou a ser o terceiro maior município da Bahia e um dos mais importantes do Brasil. O terceiro, dura até hoje: o ciclo do café. Durante o segundo deles, a Chapada foi palco de diversas guerras entre coronéis inimigos que utilizavam seus jagunços para impor suas próprias leis.

Pai Inácio era um mineiro negro da região que habitava um dos morros próximos a Lençóis. Conhecido feiticeiro, ele tinha fama de ser muito cativante. Tanto que logo cativou a esposa do coronel mais poderoso da região, Horácio de Matos. Quando este descobriu o caso, promoveu uma caçada humana ao feiticeiro, que terminou no topo do morro onde morava Pai Inácio. Na iminência de ser morto, ele se jogou em um platô, enganando seus perseguidores. Logo depois Inácio teria fugido para Minas Gerais, onde fez fortuna com a mineração e, anos mais tarde, voltou à Chapada para levar de vez sua amada.

Hoje o morro que leva o nome de Pai Inácio é uma das primeiras atrações que o turista visita, por oferecer uma visão do alto da região. O jornalista viajou a convite da Orion Turismo.

O que levar na mochila

Bota ou tênis outdoor

Escolha um solado antiderrapante e à prova d’água. Botas levam vantagem por prevenir a entrada de água no calçado, além de proteger melhor os tornozelos contra torção. Mas o mais importante é que elas estejam devidamente amaciadas (pelo menos um mês antes da viagem). Bolhas nos pés podem acabar com qualquer passeio. Também é aconselhável um papete de trilha para relaxar os pés nos finais das jornadas.

Vestuário

As melhores calças são as em material sintético e de secagem rápida. As conversíveis em bermuda são versáteis e confortáveis. Evite qualquer peça de roupa de algodão, principalmente jeans, pois quando molhadas pesam e demoram a secar. Camisetas dry também são uma boa pedida pela secagem rápida e boa ventilação. Anorack ou capa de chuva também é imprescindível. Casaco de fleece retém o mínimo de umidade e são leves. Boné ou chapéu é essencial.

Meias

Um capítulo à parte. As específicas de outdoor de espessura média secam mais rápido e são mais confortáveis mesmo molhadas. Para os pés mais sensíveis, pode ser usado meias finas também sintéticas embaixo de outras mais grossas, isso ajuda a diminuir a possibilidade de bolhas.

Lanterna

Item de segurança. As de cabeça possibilitam deixar as mãos livres e as com lâmpadas LED permitem maior autonomia, pois são de baixo consumo de pilhas. Ideal para saídas noturnas.

Cantil

Aqui uma dica: compre garrafinhas de água mineral na Chapada. São mais leves e o que menos falta por lá é água.

Também é importante ter protetor solar, repelente e óculos para sol. Tenha à mão sempre um saco plástico tipo zip para guardar sua câmera fotográfica, mesmo dentro da mochila, para que ela não molhe.

Cachoeiras batizam turistas de primeira viagem

Certos riscos são até justificáveis para obter as melhores vistas.

No entorno de Lençóis existem diversas opções de caminhadas curtas. A Cachoeirinha, a Garganta do Diabo e a Cachoeira Primavera são as mais visitadas, sendo que a primeira delas é um dos pontos de banho que os guias consideram o ?batizado? dos visitantes.

Mas depois de ver a Cachoeira da Fumaça, uma das maiores estrelas da Chapada, não há como não considerar esses outros passeios menores. No topo da serra que leva o mesmo nome, a cachoeira é a de maior queda livre do Brasil, cerca de 410 metros de altura, e a segunda mais alta queda d?água do País. A caminhada para chegar lá não é das mais fáceis, com uma subida puxada. Mas a visão da Fumaça logo faz com que o turista esqueça o esforço. Em maio, com a quantidade de chuvas, a queda estava acima do normal, mas segundo contam os guias, o efeito de ?fumaça? se forma mais acima da queda.

Existe outra opção de se chegar à Fumaça: por baixo. Mas aí o passeio leva três dias (andando), com acampamentos dentro do parque. ?O caminho para chegar por baixo vai por trilhas que os mineiros usavam e são pouco exploradas?, revela Zói, guia da empresa Terra Chapada Venturas, que disse que não conta seu nome verdadeiro nem sob tortura. Para se chegar à Fumaça por cima, é preciso adentrar o parque pelo município de Palmeiras, até chegar ao Capão, no pé da Serra da Fumaça, estrada toda de terra que exige paciência do turista.

No topo, existe uma pedra onde o visitante pode se deitar para ter toda a visão da queda. Nessa hora, todo o cuidado é pouco. Não são raros os acidentes fatais na serra. (DD)

Delicie-se com a farta culinária típica

A Cachoeirinha é um dos pontos de ?batismo?.

Mesmo com as constantes caminhadas, os mais afoitos precisam ter cuidado com a comida, para não sair da Chapada com alguns quilos a mais. A cidade de Lençóis também é pródiga em opções gastronômicas. Para quem quer garantir barriga cheia durante as caminhadas, a melhor pedida é o restaurante do Neco, que só aceita refeições por encomenda. E que refeições! O feijão com carne de sol e a palma (cactus típico da região) parecem guardar um sabor todo diferente. Para a noite, o Fazendinha oferece um cardápio grande de pingas – uma paixão dos habitantes da Chapada – e o ?furdúncio, o yakisoba da Chapada?, uma mistura de macarrão oriental com carne de sol, abobrinha, alho, e mais uma enormidade de legumes e verduras da região. (DD)


Buracão é a grande estrela desta temporada

Assistir ao pôr-do-sol em Mucugê é um programa perfeito para terminar bem o dia de aventura.

Hoje, quem vai à Chapada vai atrás do Buracão. Responsável pelo novo fluxo de turistas, trata-se de uma cachoeira de beleza ímpar, não pelo tamanho da queda (aproximadamente 110 metros), mas pelas circunstâncias em que se apresenta ao visitante. A viagem até lá, como não podia deixar de ser, é difícil: duas horas de carro até o município de Ibicoara e depois cerca de uma hora e meia de caminhada. Mas como não se emocionar com a visão de uma cachoeira numa ponta escondida de um cânion? Dentro do Buracão, a força da queda impressiona e emociona o visitante, ainda mais com a cheia do rio, que transforma a visita em cada período do ano em uma experiência diferente. Visitantes mais ousados podem optar por fazer um rapel numa das paredes da queda. Mas apenas em épocas de pouca vazão da cachoeira.

Poço Encantado

Buracão impressiona pela força de sua queda e beleza ímpar.

Quando o visitante pensa que já não pode mais perder o fôlego com as belezas da Chapada Diamantina, uma das últimas atrações reservadas pelos guias pode ser considerada uma das mais mágicas. Para chegar ao Poço Encantado, no município de Itaetê, é preciso fazer uma pequena descida até uma das cavernas da região. O ideal é chegar antes das nove horas da manhã para poder acompanhar toda a magia: de um buraco no teto, a luz do Sol começa timidamente a adentrar e iluminar o espaço, que no fundo tem um lago de coloração azul devido aos minérios presentes na água. Até atingir o seu ápice, a luz vai dando um espetáculo visual difícil de ser descrito e que chega a provocar lágrimas em muitos dos espectadores.

Ao final dos sete dias de ?aventura?, a sensação para quem não está acostumado a conviver com esses espetáculos naturais é a de que não é tão difícil assim estar aberto a diferentes experiências de turismo. E torcer para que o tempo em Lençóis esteja limpo para que o Fokker 50 não nos obrigue a mais umas horas de ônibus até Salvador.

Marimbus, pantanal em plena Chapada

Outro passeio insólito é o de Marimbus, o pantanal situado em meio à Chapada. Para isso, vamos até Remanso, um antigo quilombo que sobreviveu a todos os ciclos econômicos da região. Com praticamente todos os seus habitantes negros, Remanso tem uma população pobre, mas diferentemente do que se pode pensar, nada miserável. Dependentes de culturas de subsistência, a abundância de rios na redondeza permite que quando as pessoas precisem de dinheiro, simplesmente pesquem.

Saindo de barco de Remanso e atravessando o Marimbus, chega-se ao meio do parque. Criado em 1985 por decreto federal, ele abrange uma área de 152 mil hectares da Serra do Sincorá e arredores, incluindo os municípios de Lençóis, Palmeiras, Andaraí e Mucugê. Para cuidar dessa infinidade de terra, o posto do Ibama, sediado em Palmeiras, conta com apenas cinco funcionários. ?A preservação aqui não é uma escolha. É uma necessidade. Por isso todo mundo já nasce sabendo respeitar a Chapada?, conta Zói.

Próximo aos primeiros quilômetros do Rio Paraguaçu existe a ?Prainha?. Outrora navegável, o rio acabou assoreado pela atividade do garimpo. Hoje os guias aproveitam o local para levar os turistas para tomar sol e se banharem como se estivessem numa praia. (DD)

PACOTES

O Barato da Chapada Diamantina

Inclui sete noites em Lençóis e cinco passeios, sendo um até a Gruta do Lapão, com possibilidade de se fazer cave jump e rapel como opcionais. Preços: a partir de 5 x de R$ 318.

Pedalando na Chapada

Um roteiro montado para os amantes dos passeios de bicicleta. São oito dias pedalando pelas mais belas paisagens da Chapada em um roteiro preparado de forma circular. O passeio exige que o passageiro tenha experiência com bicicletas e um certo preparo físico. As bicicletas (montain-bikes) são fornecidas pela equipe local. Preços: a partir de 5 x de R$ 574 (desconto de R$ 350 no valor total do pacote sem o aluguel de bike).

Chapada Diamantina com Fumacinha e Rio de Contas

Um roteiro formado apenas por atrativos pouco visitados e não menos belos e impressionantes. Cachoeria da Fumacinha, Cachoeria do Mosquito e os picos mais altos do Nordeste: das Almas e Barbado, além da cidade de Rio de Contas e seu acervo histórico. Preços: a partir de 5 x de R$ 510.

Trekking Morrão Fumaça por Baixo

Uma caminhada para os mais preparados visitando dois dos principais atrativos da Chapada: Morrão e Cachoeira da Fumaça. O diferencial é a forma da visita, onde se acampa nas Águas Claras para uma "escalaminhada" do Morrão no dia seguinte. Depois se desce até a base da Cachoeira da Fumaça onde o turista dorme em tocas como os antigos garimpeiros. Preços: a partir de 5 x de R$ 378.

Trekking no Vale do Pati

Uma experiência única com pernoites em casas de moradores e na Gruta do Castelo, visitas à Cachoeira da Fumaça, ao Cachoeirão e aos Poços Encantados e Azul. Preços: a partir de 5 x de R$ $ 420.

Volta ao Parque com Marimbus

Roteiro tradicional indicado para quem deseja caminhar um pouco menos. Hospedagens em Lençóis, Mucugê e Igatu e atrativos como o Marimbus, cachoeira do Sossego e os imperdíveis Buracão, Fumaça, poços e grutas. Lanches ou refeições em todos os passeios e jantares estão inclusos, exceto em Lençóis. Preços: a partir de 5 X de R$ 466.

Volta ao Parque com Guiné

O roteiro mais vendido, indicado para quem está indo pela primeira vez à Chapada e quer caminhar um pouco mais. Hospedagens em Lençóis, Vale do Capão, Mucugê e Igatu e atrativos como o Morrão, Trilha Capão-Guiné e Buracão, Fumaça, poços e grutas. Lanches ou refeições em todos os passeios e jantares estão inclusos, exceto em Lençóis. Preços: a partir de 5 X de R$ 492.

Os preços são em quarto duplo válidos de 1.º a 28 de julho de 2006. Trechos aéreos e terrestres, bem como todos os passeios inclusos no preço. Saídas aos sábados.

Os pacotes são oferecidos pela Orion Turismo, que representa, no Paraná, a Venturas & Aventuras, empresa especializada em roteiros ecológicos pelo Brasil. A Orion situa-se na Rua 24 de Maio, 262, conjunto 1206, em Curitiba. Telefone: (41) 3225-3001.

Nos arredores, a Machu Picchu brasileira

V43050706.jpgOs municípios no entorno sul do parque são belíssimos. Em Andaraí, a dica é tomar um sorvete no Apollo, que oferece uma gama de sabores desconhecidos do visitante sulista, como o umbú. Em Mucugê, a atração é o cemitério bizantino, construído no pé da serra e sobre a rocha. O Hotel de Mucugê, onde a reportagem se hospedou, também foi feito aproveitando um antigo casarão que pertenceu ao coronel Inácio de Matos, sobrinho de Horácio. Passeando pelas ruas de Mucugê percebe-se que, mesmo modestos, os habitantes da cidade têm extremo bom gosto na decoração das casas e na escolha das cores que as pintam.

Outra agradável surpresa é Igatu, a ?Machu Picchu brasileira?. Um dos centros da extração de diamantes no sul da Chapada, o município guarda um trecho de ?cidade fantasma?. Um antiga rua da cidade toda construída com pedras retiradas dos garimpos hoje não abriga mais ninguém. Mas o turismo na região sul da Chapada é recente e, aos poucos, as construções vão sendo reocupadas, dando lugar a pousadas e restaurantes. (DD)

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