Copaíba, Palmeira-Anã, Barbatimão, Mercúrio do Campo e Pequi são algumas das espécies encontradas na Estação Ecológica do Cerrado de Campo Mourão. Uma área de 13,3 mil metros quadrados no Jardim Nossa Senhora Aparecida. É o que sobrou da vegetação do cerrado que predominava naquela região antes da fundação do município.
Segundo pesquisas, na época, eram 102 quilômetros quadrados de cerrado na área onde hoje é o município de Campo Mourão. Em 1987, foi criada a Estação Ecológica do Cerrado, cujo objetivo é preservar um pedaço de vegetação com característica do Brasil central. No local, há cerca de 200 espécies de plantas identificadas, muitas delas medicinais.
Uma das que estão em estudo é a cayapônia, cujas pesquisas apontaram sua eficácia no tratamento da epilepsia. Para estudar as características medicinais de cada planta, funciona na estação do Cerrado o herbário, departamento onde os pesquisadores observam determinadas espécies vegetais.
Roteiro
Pelo menos 1,2 mil pessoas, entre estudantes e professores da região, visitam a estação do Cerrado por ano. O local faz parte do roteiro turístico de Campo Mourão.
“Muitas escolas ainda não sabem da importância de trazer os estudantes até aqui”, diz a geógrafa e mestre em planejamento ambiental, Lucimara Liberali, uma das responsáveis pela área. “Inclusive, em Campo Mourão, as que estão mais distantes não têm o hábito de nos visitar.”
Quem vai à Estação do Cerrado é recepcionado numa sala na entrada com uma palestra da geógrafa. Ela fala sobre a história e as características do local e responde perguntas dos visitantes. Em seguida, eles são convidados para um passeio pela vegetação.
Durante a palestra e o passeio é possível aprender, entre outras coisas, que aquela área de cerrado é oriunda do clima seco predominante entre 13 e 18 mil anos.
Chamada de relíquia do Quaternário Antigo, a estação do Cerrado está em uma região que era cortada por um dos ramais do Caminho de Peabiru, talvez, em função do fácil acesso proporcionado pela vegetação.