A partir do próximo mês, os Estados de Santa Catarina e Distrito Federal irão iniciar testes com um equipamento de monitoramento de presos cuja tecnologia foi totalmente desenvolvida no Paraná. Trata-se do aparelho SAC 24, desenvolvido pela empresa paranaense Spacecom, em parceria com o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec).
Segundo o diretor da Spacecom, Savio Bloomfield, o SAC 24 é composto de duas peças a serem carregadas no corpo do monitorado: uma tornozelera e uma pequena caixa para ser levada junto à cintura. Ambos permitem que o usuário seja rastreado por satélite e tenha sua localização identificada em tempo real, 24 horas.
?Com o equipamento, presos de baixa periculosidade podem cumprir penas alternativas, estando fora dos presídios, mas tendo suas ações monitoradas. Fora da carceragem, eles podem se ressocializar, estudar e trabalhar, gerando riquezas ao País e não apenas despesas?, comenta. ?A tornozeleira que permite o rastreamento é feita de um material resistente, à prova d?água, e é considerada discreta, não estigmatizando o preso. Tem um dispositivo antifraude e violação que indica às autoridades qualquer tentativa de burlar o equipamento.?
A Spacecom garante que o aparelho é capaz de baixar os gastos de manutenção de presos em regime fechado, também reduzindo o problema de saturamento das prisões. ?Atualmente, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) estima que cada preso encarcerado gere um gasto mensal de R$ 1,5 mil aos estados. Se considerarmos que hoje a população carcerária brasileira é de aproximadamente 420 mil pessoas, o custo mensal ultrapassa os R$ 600 milhões.?