Saiba quais crendices sobre visão são verdadeiras

Quem nunca ouviu falar que cenoura faz bem para a visão? E que ler no ônibus, pelo contrário, pode prejudicá-la e até provocar um descolamento da retina? Ainda, que o grau do óculos pode diminuir conforme os anos de uso? Ou que coçar os olhos pode causar lesões neles? Há tantos mitos em relação à visão, passando de geração para geração, que até hoje não sabemos exatamente quais dessas crendices são verdadeiras, apesar de aparentemente exageradas, não é mesmo? Pois saiba que muitas delas têm sim uma razão de existir e não são apenas invenções mirabolantes.

Felipe Rosa

Essas e outras questões sempre foram objeto de interesse por parte do médico oftalmologista e diretor da equipe do Centro Paranaense de Oftalmologia (CPO) Éber Dal Molin (foto), que se dedica a desmistificar a visão para seus pacientes. “Geralmente, as dúvidas acontecem porque os mitos são passados de pais para filhos e as pessoas só vêm ao consultório quando já estão com algum problema. Elas não fazem a prevenção correta, não trazem suas perguntas quando elas aparecem”, comenta.

São inúmeras as dúvidas que aparecem diariamente nos consultórios oftalmológicos, mas, aqui no TDelas, Dal Molin relacionou e respondeu as principais, no material que você confere logo abaixo, para que nenhuma de nossas leitoras tenha sua visão prejudicada por crendices populares. “É necessário sempre procurar uma fonte confiável, com respostas com embasamento científico, para eliminar de vez as dúvidas que os pacientes ainda possam ter, pois muitas dessas informações que circulam por aí não são verdades, mas outras são”, afirma.

Felipe Rosa

De acordo com ele, as perguntas mais frequentes são aquelas relacionadas ao costume que algumas pessoas têm de assistir televisão ou utilizar o computador muito perto dos olhos. “Essa é uma dúvida bastante comum, principalmente quando os pais trazem seus filhos para consultar. É claro que é natural sentir um pouco de cansaço, mas isso não quer dizer que esse hábito vai desgastar o olho”, explica. Outra questão que aflige comumente os pacientes está relacionada ao uso de óculos escuros. Por isso, Dal Molin sempre orienta que eles procurem lojas com certificação para garantir que estejam comprando um produto que realmente os proteja da radiação ultravioleta, independente de sua cor.

Ainda segundo o médico, os problemas de visão mais comuns estão relacionados aos graus. “Aproximadamente 70% das consultas são devido a problemas de refração, como a miopia, astigmatismo e hipermetropia. Os outros 30% se distribuem entre doenças infecciosas, catarata, glaucoma, doenças de retina, entre outros”, informa. E não existem muitas diferenças entre homens e mulheres quando se fala em doenças da visão. “Entre os problemas mais comuns, somente a Síndrome do Olho Seco é mais prevalente nas mulheres. Isso ocorre geralmente após os 40 anos idade, junto com as alterações hormonais que a mulher começa a apresentar. Nas demais doenças, não existe uma prevalência estatística por sexo”.

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