Nem todo mundo consegue tirar folga na época de férias

Janeiro é época de férias e de descanso para muita gente. Muitas empresas entram em recesso e as primeiras semanas do mês ainda apresentam um grande movimento nas praias, para quem viajou, e nas áreas de lazer em Curitiba, para quem ficou na cidade. Ao mesmo tempo, existem aquelas pessoas que não tiveram o privilégio de tirar folga nesta época e precisam trabalhar de qualquer jeito. Muitas mulheres estão nesta situação. A família vai viajar e ela precisa ficar na cidade em que mora para poder trabalhar. Pais, marido e filhos descansam enquanto elas trabalham.

A solução para algumas é se dividir entre passar alguns dias ou os finais de semana com a família e depois retornar para trabalhar, enquanto o restante da turma permanece no local de férias. Isto é possível principalmente quando a viagem é curta. Mas há mulheres que não conseguem fazer isto ou o deslocamento para ficar pouco tempo na companhia de familiares faz com que a viagem acabe não compensando. Para elas, o período fora do trabalho não significa necessariamente estar sozinha. Podem ser marcados encontros com os amigos que estão na mesma situação.

Caso não seja esta a realidade da mulher e ela estiver sozinha, não é preciso ficar em casa trancada sem fazer nada. Além das alternativas tradicionais, como ver filmes ou ler livros, existe uma programação cultural à disposição, mesmo no ritmo mais lento que Curitiba vive neste início de ano.

A executiva de contas Viviane Brisk passou apenas a virada com a família, na cidade de Mafra, em Santa Catarina. “Fiz isto para não ficar sozinha no Réveillon”, conta. Ela precisou retornar para Curitiba porque precisava trabalhar. “Meu filho vai ficar fora neste período de férias, mas vou precisar trabalhar normalmente”, afirma.

Viviane já se acostumou com a situação de ficar sozinha no início do ano porque os familiares sempre viajam nesta época e o trabalho dela não permite a tão deseja folga estendida. “A gente fica um pouco chateada, mas tem que trabalhar e não tem outro jeito. Já me acostumei. Foram raras as vezes que consegui ficar mais com a família durante uma viagem no início do ano”, revela.

Para ela, a solução está em procurar atividades e não ficar sozinha em casa sem fazer nada. “Procuro os amigos que também ficaram aqui. Sempre estou fazendo alguma coisa. Quando isto acontece, eu passo menos tempo em casa do que passo normalmente, até mesmo para não ficar sozinha”, salienta Viviane.

Alethéia Hoffmann Hori, que trabalha no departamento de marketing da Paraná Clínicas, vive a mesma situação neste início de ano. Ela folgou apenas nos dias 24, 25 e 31 de dezembro, além de 1º de janeiro. “Minha mãe vai passar um período no Rio Grande do Sul e eu vou ficar por aqui por causa do trabalho. Esta é a primeira vez que acontece. No começo, quando vi que seria assim, foi um pouco difícil de acostumar com a ideia de ficar em casa, mas está sendo tranquilo. Estou trabalhando e também continuarei frequentando a academia, que vai ficar aberta neste período. Então, tenho o que fazer”, indica. Além disto, ela quer aproveitar este tempo mais sozinha para tentar descansar um pouco, além de colocar a leitura em dia e ver filmes.