A popularização do uso de tecnologias baseadas em imagens e dados biométricos tem gerado importantes discussões sobre privacidade, segurança e direitos civis. Mas, em meio a esse debate, uma confusão recorrente precisa ser desfeita: reconhecimento facial simples e verificação de identidade por biometria facial não são a mesma coisa. Eles têm propósitos, regras, riscos e implicações distintas – e ter clareza sobre essas diferenças é essencial para que a discussão evolua em aspectos de proteção de dados e identidade digital.
O reconhecimento facial simples, como tem sido aplicado em contextos de controle de acesso e segurança patrimonial, funciona de forma passiva: identifica pessoas em tempo real, muitas vezes sem consentimento direto, cruzando imagens do momento do acesso com outras imagens já salvas em bancos de dados. Já a verificação de identidade por meio da biometria facial tem outra lógica. É uma tecnologia de validação ativa, usada com consentimento explícito, propósito legítimo e limites bem definidos – não é rastreamento, nem vigilância. É um recurso de proteção da identidade digital.
“A verificação de identidade não pode ser confundida com monitoramento. Na Unico não fazemos rastreio de rostos, nem operamos em segundo plano. Cada autenticação depende da participação ativa do usuário e está protegida por camadas rígidas de segurança e privacidade. A pessoa sabe quando está sendo autenticada, participa do processo e mantém o controle sobre seus dados”, explica Davi Reis, tech advisor da Unico, maior rede de verificação de identidade do mundo.
Atualmente, mais de 152 milhões de brasileiros já utilizam a biometria facial para acessar serviços públicos e privados, de acordo com levantamento do Gov.br. A adoção crescente é reflexo de confiança, mas também de eficiência. Segundo estudo da FGV, em parceria com a Unico, um dia sem biometria facial geraria uma perda de R$ 4,7 milhões no PIB, por conta da interrupção de processos que hoje dependem dessa tecnologia (dados de 2023).
Golpes com uso de máscaras, vídeos manipulados e deepfakes – técnica de manipulação de mídia baseada em Inteligência Artificial – estão se tornando mais sofisticados. No entanto, quando a biometria facial é bem implementada, ela funciona como uma das barreiras mais eficazes contra esse tipo de fraude. Na Unico, a verificação de identidade vai muito além da imagem: são aplicadas camadas simultâneas de segurança, como prova de vida ativa (liveness) – que garante que o titular do dado está ao vivo no momento da captura – , análise preditiva de risco, detecção de comportamento suspeito – utilizada em usuários que tentam burlar o sistema, com criação de contas laranja – e inteligência artificial para bloquear tentativas de manipulação. Em 2024, a plataforma Unico IDCloud One evitou perdas de mais de R$ 3,2 bilhões em fraudes no Brasil. “A biometria facial é um recurso de segurança, com significado, contexto e limites claros. E não deve ser compartilhada sem a sua autorização como determina a Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD”, reforça Davi.
Como funciona a verificação de identidade por biometria facial
A biometria facial é uma tecnologia que identifica uma pessoa com base em características faciais únicas, transformando o rosto em uma “senha” intransferível e pessoal.
Mas como funciona?
Mapeamento e codificação: O processo começa com a captura da imagem da face, onde a tecnologia registra os pontos principais do rosto. Isso inclui distâncias entre os olhos, contorno da face, espessura dos lábios, formato do queixo e das maçãs do rosto. Essas informações são codificadas e convertidas em uma sequência numérica única para cada indivíduo, uma espécie de impressão digital do rosto conhecida como “hash biométrico”.
Validação como passo adicional de segurança: Essa sequência numérica, a “senha única”, é associada à imagem da pessoa e pode ser armazenada. Quando uma nova validação é necessária, a imagem da face é novamente capturada e comparada com os dados e imagens já armazenados. Se houver similaridade, a identidade é confirmada rapidamente e de forma segura. Isso elimina a necessidade de memorizar senhas complexas, garantindo uma verificação de identidade segura, prática e confiável.
Tecnologia é meio, não fim
Quando usada sem uma finalidade clara e específica, sem transparência ou sem consentimento do usuário, o reconhecimento facial pode gerar riscos. Mas, quando implementada com propósito legítimo, limites definidos e arquitetura ética, a verificação de identidade pode conectar pessoas e empresas com segurança, transparência e respeito aos dados.
Na Unico, a verificação de identidade por meio da biometria facial é construída com base em segurança por design, respeitando padrões internacionais e a LGPD desde a concepção. Para garantir que cada autenticação seja legítima e antifraude, a tecnologia da empresa combina 4 camadas reforçadas de segurança:
Prova de vida ativa e imperceptível
Análise comportamental e preditiva
O debate sobre privacidade no uso do reconhecimento facial não pode ser feito com base na confusão entre tecnologias tão diferentes. “A biometria facial, como aplicamos nas soluções da Unico, não vigia ninguém – ela protege e garante relações mais seguras e confiáveis. Por isso, contamos com a confiança de 4 dos 5 maiores bancos do Brasil, como Itaú, Bradesco e Santander, e 9 dos 10 maiores varejistas, como MercadoLivre, Magazine Luiza e Casas Bahia. Precisamos deixar essa distinção clara”, conclui Reis.



