Nomofobia

Vício em celular pode causar dependência, depressão, ansiedade e até suicídio

Foto: Marcelo Elias / arquivo Gazeta do Povo.

Negociações com fornecedores e clientes são fechadas pelo celular, transações bancárias acontecem com o uso de aplicativos, e as informações a respeito da família, dos amigos e do mundo chegam por meio de notificações a cada minuto. Com isso, pessoas como o empresário Reinaldo Teles Junior até tentam deixar o smartphone de lado, mas admitem que essa tarefa é muito mais difícil do que parece.

“A gente usa o celular para tudo”, afirma o paulista de 32 anos, que tem um carregador no carro para nunca ficar sem bateria no aparelho e já voltou para casa diversas vezes só para buscar o telefone esquecido. “Essa é minha principal ferramenta de trabalho, não tem jeito”.

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O problema é que milhares de indivíduos que utilizam o celular de forma profissional, como ele, também costumam usá-lo de maneira excessiva fora do horário de expediente, correndo risco de desenvolver uma dependência tecnológica chamada nomofobia. “Nesses casos, a pessoa sente pavor quando não consegue se comunicar, pode desenvolver ansiedade, depressão e, em casos extremos, chegar ao suicídio”, alerta o médico Júlio Dutra, presidente da Associação Paranaense de Psiquiatria (APPSIQ).

Segundo ele, essa sensação de medo ao ficar sem o aparelho começou a ser estudada em 2008 e ainda não possui critérios formais para seu diagnóstico como transtorno mental. No entanto, “alguns sintomas chamam a atenção logo no início”, afirma, ao citar que os pacientes sentem necessidade de sempre manter o celular ligado, apresentam dificuldades nos relacionamentos e fazem do celular uma “válvula de escape” para fugir da realidade.

Alerta para todas as idades

Além disso, sinais como baixa autoestima, necessidade de receber curtidas nas redes sociais, impaciência quando a internet está limitada e até batimentos cardíacos acelerados também são frequentes. “É um vício que pode ser comparado ao dos dependentes químicos que sofrem crises de abstinência”, exemplifica o psiquiatra, ao explicar que no momento em que o indivíduo fica longe do aparelho, seu organismo reduz a liberação de dopamina, causando sérios desconfortos como taquicardia e desespero.

E esses sintomas, de acordo com o presidente das APPSIQ, têm sido encontrados em pessoas de todas as idades. “Inclusive em crianças e adolescentes que agora passaram a ficar ainda mais tempo no celular devido às mudanças causadas pela pandemia de Covid-19”, alerta.

Por isso, ele orienta os adultos a ficarem atentos ao próprio comportamento e a também monitorarem a utilização do aparelho por seus filhos, sobrinhos e netos, estabelecendo um tempo máximo para o uso das telas dentro e fora de casa. “O ideal é organizar uma rotina com os horários de estudo e com ações sem o uso do telefone como alimentação, atividades manuais e exercícios físicos”, aconselha.

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