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Prevenção ao suicídio na infância e adolescência: não é brincadeira!

Divulgação

Durante a edição 2020 do Setembro Amarelo, movimento mundial de prevenção ao suicídio, o Hospital Pequeno Príncipe alerta para os casos registrados de autoagressão e tentativa de suicídio entre crianças e adolescentes.

O contexto da pandemia da covid-19 associado ao isolamento, as incertezas, ao medo de perder entes queridos e a recessão econômica podem tornar vulneráveis crianças, adolescentes e suas famílias. Este cenário tende a suscitar ou agravar o sofrimento e consequentemente os problemas de saúde mental, em especial a depressão e ansiedade, aumentando o risco do comportamento suicida.

No Pequeno Príncipe, de janeiro a agosto desse ano, já foram atendidos 12 casos de tentativa e ideação suicida e autoagressão contra oito casos registrados durante o mesmo período do ano passado, um aumento de 50%, com maiores incidências no mês de abril e agosto.

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Considerada uma ferramenta importante de comunicação e fortalecimento de laços sociais durante o isolamento, a interação online de crianças e adolescentes merece atenção especial de pais e responsáveis, especialmente ao uso das mídias virtuais com conteúdo sobre o comportamento autolesivo e suicida. Páginas de Facebook, Instagram, grupos de WhatsApp e outras mídias digitais possibilitam tanto a construção de vínculos, o compartilhamento de experiências e a oferta de apoio, quanto podem contribuir para a normalização de comportamentos autolesivos.

E embora a autoagressão seja frequentemente um comportamento velado, a criança ou o jovem pode dar sinais sutis de que precisa ajuda como:

  • Irritação ou agitação excessiva da criança ou adolescente;
  • Sentimento de tristeza, baixa autoestima e impotência;
  • Tentativas prévias de suicídio;
  • Relatos de violência psicológica (humilhação, agressões verbais), física, sexual ou negligência;
  • Problemas de saúde mental da criança, do adolescente e/ou de seus familiares, especialmente a depressão e ansiedade;
  • Uso de álcool e/ou outras drogas;
  • Histórico familiar de suicídio;
  • Ambiente familiar hostil;
  • Falta de suporte social e sentimentos de isolamento social;
  • Sofrimento e inquietações sobre a própria sexualidade;
  • Interesse por conteúdos de comportamento suicida ou autolesão em redes sociais virtuais.

Vamos falar sobre isso?

Ciente da importância de tratar desse tema, o Pequeno Príncipe promove, na próxima quarta-feira (9), a partir das 17h, uma live, via perfil institucional do Hospital no Instagram (@hospitalpequenoprincipe).

A psicóloga do Serviço de Psicologia da instituição e professora da Faculdades Pequeno Príncipe, Daniela Prestes, vai falar sobre o assunto e responder perguntas do público feitas anteriormente pelas redes sociais.

Voltada ao público em geral, a transmissão ao vivo dá continuidade à iniciativa que visa, durante o período de pandemia, atender um dos princípios do Pequeno Príncipe que é a disseminação do conhecimento, além de reforçar seu papel de referência no atendimento pediátrico e na proteção de criança e adolescentes. As lives são realizadas a cada 15 dias e seus conteúdos ficam disponíveis nos destaques do perfil da instituição.