Cultura

Nova versão de Chapeuzinho Vermelho fala de saúde mental em tempos de pandemia

Chapeuzinho Vermelho em Curitiba
Ingressos para peça Chapeuzinho Vermelho estão disponíveis. Foto: Divulgação

Divertida, com bom humor e temática atual, a nova adaptação da peça “Chapeuzinho Vermelho” traz à tona a saúde mental das pessoas em tempos de pandemia, principalmente dos idosos. A terceira obra do Festival de teatro infantil “Era uma vez…Eram duas, eram três”, que este ano apresenta novo formato em versão online, realizado pela Montenegro por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e apoio da Associação dos Amigos do HC, já está disponível.

Quem adquirir o ingresso poderá assistir ao vídeo da peça em alta qualidade com duração de 40 minutos de onde quiser, independente de horário, e ficará disponível até fevereiro de 2022. Os espetáculos produzidos com exclusividade para o Festival estão sendo gravados no palco do Teatro Bom Jesus, cumprindo todos os protocolos de segurança e prevenção a disseminação da covid.

+ Leia mais: Especialistas da Alegria Kids apresentam espetáculo on-line “Uma live na vida… Uma vida na live”

As gravações contam com uma plateia diferenciada, formada por bonecos dos personagens pintados por pacientes do programa DEDICA, da Associação dos Amigos do HC e terão suas transmissões na plataforma Hotmart. A primeira exibição foi Cinderela, em seguida João e Maria, e após Chapeuzinho Vermelho. O festival termina com João e o Pé de Feijão, já com plateia presencial.

As produções trazem leituras contemporâneas dos clássicos com linguagens que refletem temas cotidianos de pais e filhos. Um festival de múltiplas ideias, incontáveis saberes, diversas expressões de linguagens e qualificação, com atrações que ao mesmo tempo aproximam o tradicional teatro para a infância e juventude, da produção teatral contemporânea.

Como seria a convivência de dois irmãos com muita energia e seu pai, que deve conciliar trabalho em casa e ainda enfrentar o desafio de cuidar dos filhos ao mesmo tempo? Muitas situações vividas na peça são cotidianas e comuns na época da quarentena e será facilmente reconhecida pelos pais, já que atualmente todos tiveram que se adaptar. 

A história

Esse clássico dos contos de fadas foi publicado pela primeira vez pelo francês Charles Perrault, e depois pelos Irmãos Grimm (da versão mais conhecida). Chapeuzinho Vermelho sofreu inúmeras adaptações, mudanças e releituras da cultura popular mundial, e é uma das fábulas mais conhecidas de todos os tempos em todo o mundo.

+ Veja também: Dia das Crianças com presentes das Feirinhas de Curitiba; veja opções de brinquedos e preços

A montagem que o público terá oportunidade de assistir traz a Vovó que adora fazer vários doces e sobremesas quando Chapeuzinho vai passar as férias em sua casa. O que ela não imaginava é que no período da pandemia, ela iria se reinventar e fazer dos doces seu novo trabalho! Nessa nova versão adaptada pela ContArte, toda história se passa na cozinha da vovó, sempre com boas histórias, curiosidades e muita doçura. Mas, Chapeuzinho começa notar algo diferente ao pedir para o Lobo fazer a entrega dos doces. Qual o grande mistério por trás de toda história?

Diferente da versão original que o Lobo mau decide enganar a Chapeuzinho e devorar a vovó, aqui surge como um Lobo que já se redimiu através do amor e carinho que lhe foi dado. O Lenhador, também aparece como uma figura importante que ajuda a vovó nos afazeres do dia-a-dia e assim, tem-se uma família formada com muito amor! Todos sempre ao redor de uma mesa na cozinha, que é onde todas as reuniões, ideias e confraternizações acontecem.

Através de uma adaptação divertida, são abordados muitos assuntos relevantes nessa nova montagem, devido ao nosso cenário atual com o Coronavírus. Muitos problemas decorrentes dessa pandemia surgiram, como crises financeiras, liberdade de ir e vir, solidão causada por essas restrições e a saúde mental nesse período. “De forma leve e lúdica, tratamos também a questão dos idosos e suas dificuldades na compreensão desse isolamento, bem como alguns problemas devido à idade, como o Alzheimer. Tal fato será abordado pelos demais personagens com todo cuidado e toda importância que merece ser abordado”, revela Gizah Ferreira, diretora da ContArte.

A contrapartida social desse projeto é realizada em parceria com a Associação dos Amigos do HC, que ficará com a renda integral da bilheteria, além de apresentações exclusivas aos pacientes do DEDICA – Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, programa de enfretamento à violência infantil mantido pela associação, oficinas criativas e de contação de histórias. Ainda como parte do projeto, a construção de um novo espaço de leitura nas instalações do DEDICA está prevista para ser entregue no segundo semestre. Escolas públicas vão receber também apresentações dos espetáculos, que devem atingir um público total de 5.000 mil pessoas, entre alunos e professores.

Ingressos

Os ingressos para o espetáculo Chapeuzinho Vermelho estão à venda através da plataforma Hotmart. Podem ser adquiridos em duas modalidades: 

  • CHAPEUZINHO VERMELHO (ingresso digital dá acesso para assistir ao vídeo da peça + 1 livreto digital para colorir “Brincando com Chapeuzinho Vermelho” para download ou impressão) – R$25,00 / 
  • CHAPEUZINHO VERMELHO – COMBO (ingresso digital + 1 mini almofada Chapeuzinho Vermelho, que será enviada por correio para o endereço informado no cadastro do comprador com frete já incluso   + 1 livreto digital para colorir “Brincando com Chapeuzinho Vermelho” para download ou impressão) – R$60,00.

Com uma equipe de produção formada por criativos, cenógrafos, figurinistas, jornalistas, designers, fotógrafos, cinegrafistas, técnicos de som e luz, músicos, produtores, advogados, contadores, intérpretes, entre outros, o festival movimenta a cena cultural desse início de ano. 

+ VIVA TribunaNotícias de saúde, bem estar e sobre como aproveitar melhor a nossa cidade!

Com essa terceira edição, o festival deverá ultrapassar a marca de 10 mil espectadores. “Gerar valor aos produtos culturais é a fórmula de sustentabilidade de um segmento tão sensível as oscilações da política e economia. Ao nos colocarmos como parte da máquina, gerando empregos, renda, impactos sociais e de imagem, garantimos a continuidade das produções artísticas”, afirma Carolina Montenegro, diretora da empresa, que já aprovou e executou mais de 80 projetos.