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Crianças podem ter colesterol alto com novos hábitos da pandemia. Saiba como cuidar

Foto: Arquivo/ Daniel Castellano / Gazeta do Povo.

Em tempos de pandemia muitas famílias estão sedentárias e tendo que se virar nos trinta para se alimentar em casa. Com a correria do dia-a-dia refeições rápidas como fast food ou até mesmo congelados acabam virado opções frequentes, como apontou uma pesquisa feita por universitários de Curitiba. A questão é: como está a saúde e alimentação do seu filho, ou das crianças com as quais você convive? A preocupação aumenta pois com a falta de exercícios e de uma alimentação saudável contribuem para um colesterol ruim alto.

Pensando em melhorar a saúde dos pequenos o Hospital Pequeno Príncipe, referência no tratamento de crianças, cria um alerta justamente no dia em que se celebra do Dia de Combate ao Colesterol, neste sábado (08).

Longe da escola e de uma rotina diária de atividades, as crianças acabam ficando sedentárias. “As crianças estão mais paradas em frente ao computador e à televisão. Por isso, é importante optar por uma alimentação fresca, feita em casa, com muitas frutas e verduras. É excelente também preparar receitas saudáveis com o apoio delas”, explicou Gabriela Kraemer, endocrinologista pediatra dos Hospital Pequeno Príncipe.

Um exemplo de mudança é a troca de lanchinhos rápidos por algo mais natural, feito em casa, o que pode até ser uma atividade e entreter os pequenos em casa (veja mais dicas abaixo).

Diagnóstico precoce é essencial

Segundo a endocrinologista, a má alimentação junto ao sedentarismo são fatores que podem favorecer para o aumento do colesterol ruim e de triglicerídios no corpo. “O alto colesterol está diretamente associado ao maior risco de infarto e acidente vascular cerebral. E a formação de placas de gordura nas artérias pode começar ainda na infância e levar às doenças cardiovasculares no futuro”, explicou Kraemer.

Como o colesterol alto não causa sintomas, a orientação é que o primeiro exame que aponte verifique estes níveis sejam feitos entre os 8 e 10 anos. Mas isso muda em crianças com doenças crônicas, obesidade, diabetes, problemas renais ou autoimunes, assim como naquelas com histórico familiar de doença cardiovascular precoce (antes dos 50 anos) ou com histórico familiar desconhecido. Nestes casos a recomendação é que os exames sejam feitos a partir dos 2 anos de idade.

Assim como em muitos casos, portanto, term um diagnóstico precoce é de extrema importância. Após diagnosticado o alto índice do colesterol ruim, é importante a mudança no estilo de vida dos pequenos, com mais exercícios e dieta saudável. Caso isso não mude os índices, o acompanhamento de um pediatra ou endocrinologista é fundamental.

Como ter uma alimentação infantil e hábitos saudáveis na pandemia

*Para evitar os lanches e doces durante o dia, crie uma rotina com horários definidos para cada refeição e procure fazer fazê-las em família para estimular a criança;

*Evite produtos industrializados como bolachas e salgadinhos. Se não for possível, não ofereça direto do pacote. Divida o alimento em porções para controlar a quantidade e evitar exageros;

*Para o lanche entre as refeições, prefira frutas. Deixe-as prontas para o consumo e à disposição da criança, lembrando sempre de oferecer água durante todo o dia.

*Especialmente nesse momento de quarentena, se possível, não leve as crianças ao mercado. Além de uma medida protetiva, evita que a criança fique com vontade de consumir produtos inadequados.

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