Força feminina

As Domadoras: um reality que une a paixão pelos cavalos e o empoderamento feminino

Imagine reunir em um desafio quatro mulheres determinadas a provar o contrário a quem diz que a lida com cavalos é coisa de homem. “As Domadoras“, nova série da Cabanha São Rafael, reúne quatro mulheres que têm em comum, a paixão e o trabalho com os cavalos. Todos os dias vencem preconceitos e superam seus próprios limites.

Um reality sem roteiro prévio, em que cada domadora pôs à prova suas habilidades, tendo 15 dias para escolher, preparar, domar e apresentar seu cavalo a um júri selecionado entre personalidades do mundo do cavalo. Cada uma à sua maneira, com seu talento e dificuldades à mostra para todos, só poderia ter resultado em uma série cheia de surpresas e muita emoção.

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“As Domadoras” estreou dia 31 de agosto e vai ao ar todas as segundas e quintas-feiras no canal do YouTube da Cabanha São Rafael. Ao todo, serão 40 episódios, incluindo a prova final, em que as domadoras irão apresentar o resultado de seu trabalho… e serem surpreendidas por um grande prêmio.

Conheça as Domadoras:

Jeniffer Desireé, 26 anos, natural de Porto Alegre – RS. Jeniffer tentou o caminho do Direito, mas a paixão pelos cavalos falou mais forte. Sua primeira montaria foi aos nove anos e desde então, toda a sua vida tem sido dedicada à doma e ao treinamento de cavalos. Atualmente dedica-se a seu próprio centro de treinamento de equinos na região de Cachoeira do Sul.

Karoliny Lopes, 24 anos, natural de Garopaba – SC. Karoliny é domadora, desenhista e pintora. Iniciou sua caminhada e paixão pelos cavalos aos 10 anos. Nesta época, tinha um cavalo em parceria e vendeu sua parte para comprar um potro para domar. Desde este primeiro desafio de doma aos 14 anos, já atuou como domadora em haras e cabanhas. Hoje integra a equipe da Cabanha São Rafael.

Mariana Mathies, 22 anos, natural de Pelotas – RS. Mariana, mora e trabalha em São Paulo como modelo fotográfica. Sempre foi apaixonada por cavalos. Ao invés da tradicional festa de 15 anos, pediu de presente um cavalo e encilhas novas. Iniciou na doma por curiosidade e principalmente por teimosia, pois no meio onde foi criada, as mulheres eram consideradas incapazes deste feito. Desfila nas passarelas, e atua nos redondéis.

Paolla Lucchin, 24 anos, natural de Passo Fundo – RS, é atleta velocista, recordista sul-americana de 100 metros rasos com barreiras e estudante de medicina veterinária. Estuda neurociência, pois deseja se aperfeiçoar na relação homem-cavalo. Apaixonada por cavalos desde os quatro anos, aos 17 salvou uma égua de maus-tratos e mudou sua concepção sobre cavalos. Em seu canal no YouTube, compartilha seu conhecimento com o objetivo de ampliar as boas práticas de bem-estar animal.

Assista ao primeiro episódio:

A Cabanha São Rafael, idealizadora da série As Domadoras, tem mais de 35 anos de legado na criação e aprimoramento genético da raça crioula. Entusiasta da transformação social pela cultura do cavalo, a São Rafael vem trabalhando com seu braço social, o Instituto Purunã, para consolidar a região de São Luiz do Purunã em um polo turístico que integra a conservação da natureza, o resgate da tradição tropeira e os valores da vida campeira.

As Domadoras é uma série inspirada no treinamento não-violento preconizado por Monty Roberts, o encantador de cavalos. Por valorizar a empatia e a sensibilidade necessárias para se trabalhar desta forma, esta abordagem encorajou muitas mulheres a desenvolverem seus estilos próprios de doma e encararem o desafio de se firmar em um universo tradicionalmente masculino.

Além de promover a atuação feminina no mercado equestre, o formato de As Domadoras incentiva a cooperação, fortalecendo o resultado do trabalho e os laços entre elas. A capacidade de compartilhar, doar-se e promover um ambiente amistoso onde as vulnerabilidades de cada uma pudessem ser acolhidas, foi determinante.

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A figura austera do caboclo é referência de nobreza, é a personalidade firme e íntegra que lidera nos pagos. A lida de campo apresentada em As Domadoras é puxada, exige disciplina, constância e resistência. Uma metáfora da vida. O campo é o local de trabalho, mas também é lar, é morada da família, de sangue e de lida. Contato com a

No preparo dos animais nas cocheiras; nos recorridos pelas coxilhas; no trabalho persistente nos redondéis – sob o sol, a chuva, o vento. A Natureza não é cenário, mas é a força que rege a lida. Experienciar seus ritmos e saberes, conduz ao resgate do essencial.

Inspirada pela importância da conexão que se estabelece com os cavalos durante o processo de doma, As Domadoras enaltece a representação simbólica do cavalo na psique humana. A relação com esses animais mobiliza no ser humano o potencial de criação, transformação e superação. O cavalo dá segurança ao homem para enfrentar os seus desafios. Juntos, cavalo e amazona, tornam-se mais capazes, mais rápidos,
mais fortes.