Curiosidade

Com que frequência devo levar meus pets ao veterinário?

Visitas regulares ao veterinário são importantes para a qualidade de vida dos pets (Imagem: Thiago Diaz | Shutterstock)

Em questões envolvendo a saúde de cães e gatos, é comum que se ressalte a importância de visitas regulares ao médico-veterinário. Esta se trata da melhor forma de garantir a melhor qualidade de vida para os pets, além de ajudar na prevenção de uma série de doenças.

Mas, afinal, qual é a frequência ideal para que os tutores levem seus animais de estimação a consultas de rotina? Para esclarecer essa dúvida, aqui estão algumas orientações da médica-veterinária Juliana Germano!

Quando procurar um veterinário

Conforme Juliana Germano, visitas ao veterinário são recomendadas ao menos uma vez ao ano, independentemente da idade, pois é necessário realizar exames físicos e a aplicação das vacinas anuais. “Isso se o paciente se encontra saudável”, ressalta. Para pacientes com acima de 6 anos, é recomendado incluir, além da avaliação física, exames para verificar órgãos importantes para a longevidade do animal, como os cardíacos e os de sangue.

Fique atento aos sinais e comportamentos do pet

A médica-veterinária explica que observar o comportamento dos pets também é uma maneira de identificar se ele precisa, ou não, ir a uma consulta. “Quando o paciente está fora do comportamento habitual, por exemplo, está muito quieto, quando filhote, ou inquieto, quando idoso, apresenta perda ou ganho excessivo de peso, alterações de apetite ou vômitos, já é um sinal de que a saúde dele pode estar em risco”, exemplifica Juliana Germano.

O cuidado preventivo se mostra fundamental para a saúde do animal. Por isso, segundo a veterinária, qualquer tratamento é mais efetivo quando a doença tem diagnóstico o mais cedo possível. “É importante sempre recorrer à ajuda de um médico veterinário quanto antes, pois adiar a consulta ou esperar melhorar os sintomas coloca ainda mais em risco a saúde do animal e, consequentemente, a saúde emocional e financeira dos tutores”, ressalta.

Médica veterinária examinando um cachorro
As consultas de rotina auxiliam a prevenir doenças (Imagem: David Herraez Calzada | Shutterstock)

Importância das consultas de rotina

De acordo com Juliana Germano, quando as consultas veterinárias para prevenção fazem parte do orçamento dos tutores, as chances de eles serem pegos desprevenidos e terem que gastar mais são menores. “Se realizamos a revisão do nosso automóvel, conseguimos sempre nos prevenir e programar gastos, não é verdade? O mesmo acontece quando vamos ao médico ou levamos os nossos animais ao veterinário”, explica.

Além disso, a médica-veterinária destaca que as consultas de rotina são essenciais para os tutores tirarem dúvidas, inclusive, sobre como proceder em situações atípicas. Ainda, as visitas ao veterinário ajudam os animais a se sentirem mais confortáveis nas consultas.

“Nada como a rotina para deixar os pacientes à vontade. Quando o pet só vai ao veterinário em situações de estresse, ou seja, quando está doente ou com dor, a chance de ele ter um ‘trauma’ é muito grande. Afinal, a ida ao veterinário não é para ser torturante, e sim um ato de amor, carinho e muito cuidado”, explica Juliana Germano.

Para além das consultas veterinárias

A maioria das pessoas conhece os médicos-veterinários por sua atuação na saúde dos animais, como cães e gatos, mas muitos profissionais ressaltam a amplitude de seus papéis, visto que alcançam também a saúde humana. “Todas as doenças virais que estamos enfrentando ultimamente, inclusive, a varíola dos macacos, são estudadas por médicos-veterinários”, afirma Juliana Germano.

De acordo com a Lei nº 5517/1968, o estudo e a aplicação de medidas de saúde pública no tocante às doenças de animais transmissíveis ao homem, as zoonoses, são funções do médico-veterinário, um profissional de saúde reconhecido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) desde 1998.

O atendimento em clínicas veterinárias — a atuação mais comum desses profissionais — também contribui para a saúde humana, principalmente em relação à prevenção de doenças transmissíveis, como a raiva, a leishmaniose e outras zoonoses. “Na clínica, quando cuidamos da saúde do animal, também estamos cuidando da saúde da família dele”, ressalta Juliana Germano.

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