Em questões envolvendo a saúde de cães e gatos, é comum que se ressalte a importância de visitas regulares ao médico-veterinário. Esta se trata da melhor forma de garantir a melhor qualidade de vida para os pets, além de ajudar na prevenção de uma série de doenças.
Mas, afinal, qual é a frequência ideal para que os tutores levem seus animais de estimação a consultas de rotina? Para esclarecer essa dúvida, aqui estão algumas orientações da médica-veterinária Juliana Germano!
Quando procurar um veterinário
Conforme Juliana Germano, visitas ao veterinário são recomendadas ao menos uma vez ao ano, independentemente da idade, pois é necessário realizar exames físicos e a aplicação das vacinas anuais. “Isso se o paciente se encontra saudável”, ressalta. Para pacientes com acima de 6 anos, é recomendado incluir, além da avaliação física, exames para verificar órgãos importantes para a longevidade do animal, como os cardíacos e os de sangue.
Fique atento aos sinais e comportamentos do pet
A médica-veterinária explica que observar o comportamento dos pets também é uma maneira de identificar se ele precisa, ou não, ir a uma consulta. “Quando o paciente está fora do comportamento habitual, por exemplo, está muito quieto, quando filhote, ou inquieto, quando idoso, apresenta perda ou ganho excessivo de peso, alterações de apetite ou vômitos, já é um sinal de que a saúde dele pode estar em risco”, exemplifica Juliana Germano.
O cuidado preventivo se mostra fundamental para a saúde do animal. Por isso, segundo a veterinária, qualquer tratamento é mais efetivo quando a doença tem diagnóstico o mais cedo possível. “É importante sempre recorrer à ajuda de um médico veterinário quanto antes, pois adiar a consulta ou esperar melhorar os sintomas coloca ainda mais em risco a saúde do animal e, consequentemente, a saúde emocional e financeira dos tutores”, ressalta.
Importância das consultas de rotina
De acordo com Juliana Germano, quando as consultas veterinárias para prevenção fazem parte do orçamento dos tutores, as chances de eles serem pegos desprevenidos e terem que gastar mais são menores. “Se realizamos a revisão do nosso automóvel, conseguimos sempre nos prevenir e programar gastos, não é verdade? O mesmo acontece quando vamos ao médico ou levamos os nossos animais ao veterinário”, explica.
Além disso, a médica-veterinária destaca que as consultas de rotina são essenciais para os tutores tirarem dúvidas, inclusive, sobre como proceder em situações atípicas. Ainda, as visitas ao veterinário ajudam os animais a se sentirem mais confortáveis nas consultas.
“Nada como a rotina para deixar os pacientes à vontade. Quando o pet só vai ao veterinário em situações de estresse, ou seja, quando está doente ou com dor, a chance de ele ter um ‘trauma’ é muito grande. Afinal, a ida ao veterinário não é para ser torturante, e sim um ato de amor, carinho e muito cuidado”, explica Juliana Germano.
Para além das consultas veterinárias
A maioria das pessoas conhece os médicos-veterinários por sua atuação na saúde dos animais, como cães e gatos, mas muitos profissionais ressaltam a amplitude de seus papéis, visto que alcançam também a saúde humana. “Todas as doenças virais que estamos enfrentando ultimamente, inclusive, a varíola dos macacos, são estudadas por médicos-veterinários”, afirma Juliana Germano.
De acordo com a Lei nº 5517/1968, o estudo e a aplicação de medidas de saúde pública no tocante às doenças de animais transmissíveis ao homem, as zoonoses, são funções do médico-veterinário, um profissional de saúde reconhecido pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) desde 1998.
O atendimento em clínicas veterinárias — a atuação mais comum desses profissionais — também contribui para a saúde humana, principalmente em relação à prevenção de doenças transmissíveis, como a raiva, a leishmaniose e outras zoonoses. “Na clínica, quando cuidamos da saúde do animal, também estamos cuidando da saúde da família dele”, ressalta Juliana Germano.