Endividamento americano é de alto risco

O desenfreado endividamento dos consumidores nos Estados Unidos pode afetar seriamente o crescimento mundial. O alerta foi feito ontem pelo economista chefe do banco americano Morgan Stanley, Stephen Roach, durante a abertura do Fórum Econômico Mundial (FEM), em Davos, na Suíça. "O consumidor americano é uma bomba relógio", disse Roach.

Segundo ele, o americano gasta sem pensar e se endivida, provocando o aumento das propriedades nos EUA, o que leva à criação de uma verdadeira "bolha imobiliária", com conseqüências imprevisíveis para o país.

A este exagerado endividamento, diz o economista, soma-se uma poupança "perto do zero", que obriga os EUA a importarem capital estrangeiro, alimentando assim o enorme déficit de suas contas correntes.

Mas, segundo o vice-presidente do American International Group (AIG), Jacob Frenkel, uma eventual "desabamento da economia americana" poderia se compensar a nível internacional a partir de "novos centros de crescimento" em outras partes do mundo, como a China.

Nesse contexto, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês poderia crescer este ano cerca de 9,5%, segundo dados apresentados pelo economista da Universidade de Tóquio, Takatoshi Ito, para quem "nada deveria deter o gigante asiático".

Após os debates econômicos, em Davos, é a vez das questões políticas. Para este tema, estão sendo aguardados o premier britânico, Tony Blair, e o presidente francês, Jacques Chirac.

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