"Espelho" da saúde

Unhas fracas, manchadas ou deformadas? Entenda o que isso pode significar

Problemas de saúde podem aparecer nas unhas
Foto: Freepik

Você sabia que as unhas funcionam como verdadeiros indicadores da saúde do organismo? Muito além da estética, mudanças no crescimento, cor, formato e textura podem revelar problemas internos antes mesmo que outros sintomas apareçam.

Segundo a dermatologista Lauren Morais, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Paraná (SBD-PR), alterações aparentemente simples podem ser o primeiro sinal de doenças que exigem atenção médica.

“As unhas refletem o que está acontecendo internamente no nosso corpo. Muitas vezes, alterações que parecem apenas estéticas são, na verdade, sinais de problemas de saúde. O diagnóstico com um médico dermatologista é essencial”, reforça.

Alterações mais comuns nas unhas e o que podem significar

Unhas quebradiças e secas: podem estar relacionadas a disfunções da tireoide, deficiências vitamínicas, uso de medicamentos ou alergias a esmaltes e produtos de limpeza.

Unhas amareladas: podem surgir em idosos, mas também estar ligadas a tabagismo, uso de antibióticos, psoríase, diabetes, doenças hepáticas ou pulmonares.

Manchas brancas: podem indicar micose inicial ou apenas reação ao uso de esmaltes.

Unhas azuladas ou arroxeadas: sinal de baixa oxigenação no sangue (cianose), associada a doenças cardíacas ou pulmonares.

Ondulações e depressões: pequenos “furinhos” podem sugerir psoríase ou alopecia areata.

Formato de colher (côncavas): geralmente relacionado à anemia por deficiência de ferro.

Unhas com linhas ou faixas escuras: podem ter diferentes origens. Em alguns casos, tratam-se de nevos (pintas na matriz da unha) ou de pigmentação racial (mais comum em pessoas com pele mais escura). No entanto, também podem ser sinal de melanoma, o tipo mais agressivo de câncer da pele — por isso, toda alteração desse tipo deve ser avaliada por um dermatologista.

Quando procurar ajuda médica

De acordo com Lauren, a orientação é buscar avaliação especializada quando as alterações persistirem por mais de algumas semanas, ou se houver mudanças súbitas de cor e formato, além de dor ou sinais de infecção.

“Mudanças graduais podem ser normais com o envelhecimento, mas alterações repentinas sempre merecem investigação”, alerta.

Ela também recomenda observar regularmente as unhas como parte do autocuidado. “Assim como examinamos a pele em busca de pintas suspeitas, devemos olhar para nossas unhas. É uma forma simples e eficaz de monitorar a saúde”.

Hábitos que ajudam a manter as unhas saudáveis

  • Ter alimentação equilibrada.
  • Hidratar unhas e cutículas com frequência.
  • Usar luvas em atividades domésticas.
  • Manter instrumentos de manicure limpos e esterilizados.
  • Evitar roer unhas e cutículas.
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