O aumento do número de casos de gripe no Brasil está preocupando especialistas da área da Saúde. A baixa procura pela vacina e a chegada de uma cepa nova do vírus Influenza A Subtipo H3N2, chamada de cepa Darwin, podem ser os motivos para a alta da doença.

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De acordo com o Boletim InfoGripe na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado pela Agência Brasil, 2020 era para ser um ano de com forte incidência do vírus Influenza no país, com aumento precoce de casos no Norte e no Sudeste já antes do início do outono. Com a pandemia da Covid-19, e a adoção do isolamento social e outras medidas preventivas, a gripe perdeu espaço.

“A gente não teve a exposição natural. Isso foi bom, porque teríamos tido, junto com a covid, as internações por Influenza, e isso teria sido muito pior do que já foi, mas tem esse saldo negativo”, disse Marcelo Gomes, pesquisador da Fiocruz.

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Com a vacinação e a queda na taxa de transmissão do coronavírus, a população voltou a sair de casa e passou a ter mais contato com os outros. A partir disso, surge o vírus Influenza A Subtipo H3N2, chamada de cepa Darwin.

“A gente ainda não sabe muito bem qual vai ser o impacto dessa variante no Brasil. Tem que tomar um cuidado muito grande neste momento, para não criar um cenário favorável a uma epidemia simultânea, com aumento tanto da covid quanto de gripe. Aí, a gente pode ter uma pressão hospitalar muito grande, porque são dois vírus que têm histórico de causar internações.’, alertou Marcelo.

Importância da vacina

Outro ponto que pode ter contribuído para a crescente alta da Influenza foi a baixa vacinação contra a gripe neste ano. No caso do Brasil, o Instituto Butantan entregou 80 milhões de doses ao Ministério da Saúde neste ano com base na recomendação dada pela OMS em setembro de 2020, quando a variante Darwin ainda não predominava, e a cepa Hong Kong era a principal preocupação no caso do H3N2.

“A epidemia está completamente fora de época. Está adiantada, por assim dizer. A OMS acertou em cheio, porque ela viu quem está predominando para o ano que vem, só que, aqui no Rio de Janeiro, a epidemia adiantou”, comentou a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Flávia Bravo.

Mesmo que a vacina disponível não tenha uma proteção específica contra a principal cepa causadora dessa epidemia, Flávia reforça que é importante se vacinar contra as demais cepas, que não podem ser desprezadas. “Quem não está vacinado, sempre deve ser vacinado. A gente precisa de boas coberturas vacinais”, afirma a médica, acrescentando que todos deverão novamente tomar a vacina que será disponibilizada em 2022.

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