Vigilante fuzilado em lotérica com cinco tiros

Um dia antes de sair em férias, na tarde de ontem, o segurança Adair Ferreira da Cruz, 56 anos, foi executado com cinco tiros, enquanto trabalhava na Loterias Analu, em São José dos Pinhais. Três homens, armados com pistolas, invadiram o estabelecimento, localizado entre as ruas Joinville e Barão do Cerro Azul, e dispararam mais de dez tiros contra as pessoas que estavam no local. Adair foi o único atingido pelos disparos.

Por volta das 15h45 o trio, completamente transtornado – provavelmente sob o efeito de drogas -, desceu de um veículo Santana Quantum, de cor prata, invadiu a lotérica e rendeu o proprietário, Fabrício José Vacari. A esposa dele, dois clientes, e o segurança também foram dominados. O veículo havia sido roubado no centro do município, no início da tarde.

Fuzilaria

Enquanto um dos bandidos apontava a pistola para Fabrício e o obrigava a abrir os caixas, o outro, também armado, dominava a esposa dele. O terceiro rendia Adair com outra arma. A execução aconteceu no momento que os caixas eram esvaziados e um dos ladrões, aparentando ter 16 anos, ordenou que o segurança deitasse no chão. O marginal não poupou munição para matá-lo. Adair, que não trabalhava armado, obedeceu a ordem, e foi assassinado com cinco tiros que lhe atingiram o olho, a boca, a testa, a barriga e o braço.

Segundo o proprietário, antes de os homens entrarem no carro, um deles virou-se em direção à lotérica e atirou mais de dez vezes para dentro do estabelecimento. “Já fui assaltado 11 vezes. A falta de segurança aqui em São José é revoltante!, desabafou Fabrício, que não soube precisar a quantia levada pelos bandidos. Segundo informações levantadas no local, o grupo fugiu em um outro carro, que dava cobertura ao trio, e estava estacionado a algumas quadras da lotérica.

Violência

Segundo o superintendente Altair Ferreria, o “Taíco”, da delegacia de São José dos Pinhais, a violência usada pelos bandidos foi motivada pelo uso de drogas. “Eles estavam fora de si para agir com tamanha crueldade. O segurança foi morto quando foi obrigado a deitar no chão, sem esboçar nenhuma reação”, disse “Taíco”. A fita de vídeo usada para monitorar o movimento do estabelecimento será analisada e poderá ajudar na identificação dos criminosos.

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