Viciado morto com oito facadas

Cerca de oito facadas nas pernas, costas e pescoço mataram José Amado de Souza, encontrado às 10h de ontem no bairro Rio Pequeno em São José dos Pinhais. Alcoólatra e viciado em drogas, segundo a família, o rapaz, de aproximadamente 30 anos, foi visto em companhia de um homem e uma mulher na noite de sábado. São os principais suspeitos do crime, de acordo com a polícia.

O corpo de José, estatelado na entrada de um bosque, foi descoberto por algumas crianças que brincavam ontem de manhã. De camiseta, bermuda e sem sapatos, o rapaz levou diversos golpes de faca, um deles no lado direito do pescoço, bastante profundo. A polícia acredita que o crime foi cometido em outro local, pela pequena quantidade de sangue derramado na vegetação. “Falamos com vários vizinhos, mas ninguém ouviu gritos ou outro barulho suspeito”, disse o soldado Melo, do 17º Batalhão da PM, acrescentando que o bosque onde ocorreu o crime é freqüentado por usuários de drogas.

Casal

Quase nenhuma das dezenas de pessoas que se aglomeraram para acompanhar o trabalho da polícia soube dizer o nome da vítima. Apenas um homem embriagado disse que conhecia os pais de José e levou os investigadores à residência deles, no Jardim São Paulo, também em São José dos Pinhais. A família confirmou que era ele o homem assassinado.

José saiu de casa ao meio-dia de sábado, acompanhado de um homem e uma mulher. Os pais não souberam dizer o nome destas pessoas, nem o que o filho pretendia fazer no bairro vizinho. Investigadores da DP de São José dos Pinhais descobriram que a vítima passou a tarde na casa de um conhecido, que fica a poucos metros de onde seria encontrado morto. José ainda tinha a companhia do homem e da mulher. O dono da casa falou que serviu vinho aos convidados e foi dormir às 19h30, sem saber o que aconteceu depois.

A Polícia Científica acredita que José foi morto entre as 22h e as 23h de sábado. O próximo passo da investigação é identificar as duas pessoas que estiveram com a vítima momentos antes do crime. “Vamos interrogar novamente a pessoa que recebeu José em casa. Talvez ele nos conte mais”, afirmou o investigador Caetano, da DP de São José dos Pinhais.

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