Viaturas da Polícia Militar que precisam de reparos em Curitiba são levadas para Guarapuava. Em alguns casos, vão para Paranaguá. Segundo relatam policiais militares, o governo estadual não possui mais crédito nas quatro oficinas que fazem o serviço na capital. As dificuldades do governo em sanar suas contas voltaram também a atingir as diárias dos 300 policiais militares e 500 bombeiros que estão na Operação Verão.

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O maior problema das viaturas serem levadas ao interior para conserto é a geração de mais custo. Se um policial levar o veículo, tem o custo da diária. Caso precise de guincho, pode usar o do Batalhão de Polícia de Trânsito, o que desfalcaria a cidade. Sem contar com a demora em repor a viatura. “As oficinas podem vir buscar a viatura, mas duvido que façam isso”, disse um oficial da PM.

Diárias

Reunião entre os comandantes e a tropa no Litoral na semana passada deixou os policiais militares e bombeiros intrigados. O comandou os deixou à vontade para voltarem às suas lotações de origem. A previsão é de atraso no próximo pagamento de diária.

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Segundo o presidente da Associação dos Praças do Estado do Paraná (Apra-PR), Orélio Fontana Neto, o governo estadual chegou a liquidar a conta das diárias até 16 de janeiro, mas ainda não pagou as dos dias seguintes, nem a de fevereiro. A dívida liquidada passou dos R$ 2 milhões. Por dia, o governo deveria arcar com R$ 145 mil em diárias para os policiais que estão no litoral. Cada policial tem direito a receber R$ 180 por dia. De acordo com Orélio, a reunião deixou os policiais receosos, já que muitos não vão voltar por medo de retaliação futura.

A Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná informa que, em conjunto com a Secretaria da Fazenda, está negociando para resolver o problema do reparo das viaturas policiais e do pagamento das diárias.

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