“Peraí, vamos conversar”. Estas foram as últimas palavras do garçom Guilherme Pereira, 24 anos, segundo duas testemunhas, que estavam dentro da lanchonete onde o rapaz foi executado com seis tiros, por volta das 18h desta quarta-feira (04).

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O restaurante de comida árabe, na Rua Pedro Laska, bairro Quissisana, São José dos Pinhais, tem inauguração marcada para sábado. Guilherme, junto com o proprietário e mais um funcionário, terminava os últimos ajustes no estabelecimento durante a tarde, quando um homem de capacete chegou e o chamou pelo nome. Os dois conversaram rapidamente e o rapaz disse aquela frase antes de ser assassinado.

O atirador descarregou o revólver. Cinco tiros acertaram as costas de Guilherme e um a orelha, de raspão. O autor correu, montou na motocicleta preta que havia estacionado na esquina e fugiu. “O dono da lanchonete e o outro rapaz estavam na parte de trás e apenas ouviram o assassino chegar. A vítima o reconheceu, porque, segundo as testemunhas, a conversa foi tranquila. De repente o rapaz gritou e os tiros aconteceram. Os dois não viram o rosto porque ele nem retirou o capacete”, explicou a policial militar Franciele, do 17.º BPM.

Guilherme vestia camiseta de uma torcida organizada, mas a polícia acha remota a possibilidade do homicídio estar relacionado a brigas por causa de futebol. O fato de ele ter a ficha limpa deixou a motivação do crime mais obscura. Além disso, parentes que estiveram no local pouco comentaram sobre a vida do rapaz.

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