Trio que decidia no par ou ímpar quem ia atirar é preso

Três moradores do Jardim Bonfim, que planejaram o assassinato do dono de um bar, estão presos na delegacia de Almirante Tamandaré. Dois deles tiraram no par ou ímpar quem iria atirar em Paulo Coelho Stavni, o “Paulão”, 39 anos. Quem “ganhou” foi Alexsandro Reis dos Santos, 19 anos, que matou o comerciante com três tiros. Além dele, estão presos Cleberson Ribeiro dos Santos, o “Cumpadinho”, 20, e Adilson Machado Stresser, 21. O trio, segundo a polícia, também é acusado de outro homicídio, em maio do ano passado.

Em depoimento na delegacia, Alexsandro afirmou que conhecia “Paulão” e discutiu com ele, quatro dias antes do crime. Além disso, o comerciante já havia se desentendido com um amigo de Alexsandro, identificado como Antônio “Barba”. Os quatro combinaram a morte do dono do bar e, na noite de quarta-feira da semana passada, Alexsandro, Cleberson e Adilson foram até o local em Antônio trabalhava.

Conversa

Cleberson chamou o comerciante, mas “Paulão” não quis saber de conversa e teria feito menção de pegar sua pistola 765. Alexsandro, que ganhou a aposta com Cleberson, sacou um revólver 38, emprestado de Antônio “Barba”. O primeiro tiro falhou. “Paulão” tentou se esconder atrás do balcão, mas foi morto com três tiros.

Os três suspeitos desapareceram do Jardim Bonfim, mas logo retornaram ao bairro, onde foram presos na noite de anteontem. Duas horas depois, o delegado Antônio Macedo de Campos Júnior solicitou a prisão do trio à Justiça, que foi decretada no início da madrugada. “Se não saísse a prisão, eles seriam ouvidos e liberados, porque não havia flagrante. Como já estavam aqui, vão continuar presos”, disse o delegado. Macedo ainda informou que deverá pedir a prisão de Antônio “Barba”. “Mataram por motivo fútil. Mas, hoje, tudo se resolve na bala”, lamentou o delegado.

Outro

Além do crime contra o comerciante, os três presos também são suspeitos de envolvimento na morte de Alesson Ribeiro Padilha, 18, em maio do ano passado, no Jardim Bonfim. Segundo a polícia, desde pequeno Cleberson era vítima de “bullying” por parte da vítima e precisou sair da escola. Cansado de apanhar de Alesson, Cleberson comprou um revólver e matou o inimigo. Depois do crime, ele emprestou a arma para um amigo, que morreu em troca de tiros com a polícia.