Um carro roubado com placa de São Paulo, clonada, levou policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos a descobrir vários documentos falsificados e guias para retirada de dinheiro de contas inativas, na quarta-feira. A polícia acredita que possa se tratar de uma quadrilha que estava se preparando para agir em Curitiba. Três pessoas foram detidas.
Por meio de uma denúncia anônima, os investigadores, junto com o superintendente Neimir Cristóvão, foram até a garagem de um prédio na Rua Emiliano Perneta, centro, e encontraram o Audi A3, com a placa DAR-4123. “A identificação verdadeira é CTH-2028, pertencente a um carro semelhante roubado em São Paulo”, afirmou o superintendente. Os policiais aguardaram para que os usuários do veículo fossem até a garagem e detiveram Maximiliano Simon Pelegrini Sosa, brasileiro, naturalizado paraguaio, e o uruguaio Miguel Eduardo Muiño. Nas maletas deles, foram encontrados documentos públicos com vestígios de adulteração. Os dois indicaram o apartamento, onde estavam hospedados, mas os policiais tiveram dificuldades em convencer Deborah Cassia de Novaes a abrir a porta.
Documentos
Dentro da residência, foram encontrados matrículas de terrenos, declarações de imposto de renda, fichas cadastrais preenchidas com o nome de várias pessoas e duas identidades adulteradas. “Acreditamos que estes papéis seriam usados para conseguir financiamentos em bancos”, disse Neimir. Entre os documentos apreendidos estavam um diploma de Engenharia Mecânica e guias para retirada do FGTS. “Estamos verificando a procedência e legitimidade dos documentos. Muitos seriam usados para resgate de valores em contas inativas, o que nos leva a crer que houve conivência de gerentes de bancos paulistas”, deduziu Neimir. Segundo ele, Deborah já tem passagem por estelionato e alugara o apartamento há apenas 10 dias.
As investigações continuam para determinar a abrangência dos golpes preparados pelo grupo, que segundo Neimir já teria “rendido” de 30 a 40 mil reais.