Tribunal do Júri condena acusados de homicídio

Os dois réus, julgados na terça-feira por participação em um homicídio ocorrido há dez anos, foram condenados. Manoel Fernando Moreira Filho, de 37 anos, conhecido como “Mano”, recebeu pena de 7 anos de prisão em regime semi-aberto. Eliseu Rodrigues da Silva, de 33, foi condenado a 6 anos também em regime semi-aberto. Eles respondiam em liberdade pelo assassinato de Devanir de Paula, que tinha 17 anos quando foi morto com um tiro nas costas, em um terreno baldio, no Capão Raso. O crime ocorreu na madrugada de 9 de outubro de 1993.

Outros três acusados pelo mesmo crime serão julgados amanhã. São eles Elias Rufino de Souza, 33 anos, Antônio Alves dos Santos, 32, e Edson Manoel de Almeida, também de 32 anos. Elias e Antônio estão presos por outros crimes dos quais são acusados.

Foice

Hoje, será julgado o ex-policial militar Geraldo Ferraz dos Santos, de 41 anos. Ele responde pelo homicídio de Nei Marcelo Colaço, que tinha 29 anos quando foi assassinado a golpes de foice, em 8 de março de 1996.

Nei Marcelo e Geraldo moravam próximos, no bairro Abranches. De acordo com informações apuradas pela polícia, os dois tinham desavenças constantes. Geraldo era casado e mantinha relacionamento também com uma irmã de Nei, que não aceitava o fato. No dia do crime, Nei voltava para casa, na Rua São Domingos, por volta de 20h30, quando viu Geraldo saindo da casa da irmã, que era vizinha dele. Os dois discutiram mais uma vez e Nei entrou na residência, pegou um facão e saiu atrás de Geraldo. Este, armado de foice, desferiu vários golpes no pescoço do desafeto. Geraldo ainda arrastou o corpo de Nei para dentro da cozinha da casa da vítima, diante da esposa e de dois filhos pequenos. Depois de cometer o crime, fugiu.

O ex-PM acabou sendo preso em janeiro do ano passado por policiais militares de Santa Catarina, na cidade de Guaramirim. Ele estava junto com outros dois homens em um Fiat Uno, com placa de Navegantes (SC) que estava com documentação irregular. O condutor tinha antecedentes criminais.O outro homem portava uma arma ilegal e Geraldo tinha com ele duas notas de 100 dólares falsas.

Logo a polícia catarinense tomou conhecimento de que Geraldo tinha a prisão decretada em Curitiba pelo homicídio ocorrido em 96. Ele ficou no presídio de Jaraguá do Sul até o início deste ano, quando foi transferido para a Prisão Provisória de Curitiba, no Ahu.

No júri de hoje, presidido pelo juiz Rogério Etzel, Geraldo Ferraz será defendido pelo advogado Alessandro Silvério. A promotora Lúcia Inês Giacomitti Andrich atua na acusação. A sessão deve ter início às 9h.

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