Três mulheres assassinadas ontem na RMC

Três mulheres foram assassinadas, ontem, em Curitiba, Piraquara e Campo Largo. O primeiro crime foi no Boqueirão. Deitada na cama de sua casa, Leila Ribeiro de França Gabardo, 38 anos, foi surpreendida por dois indivíduos e executada a tiros, na madrugada de ontem, no Boqueirão.

O crime aconteceu na Rua Carlos Essenfeld, por volta das 2h30. Suspeita-se que um dos autores seja o ex-marido da mulher. Ele foi localizado pela polícia logo após o assassinato e submetido a exames para apurar se efetuou algum disparo de arma de fogo. Na pequena casa, nos fundos do terreno, ainda estavam os três filhos da vítima, de 11, 12 e 14 anos.

O superintendente Dilso Morgerot, da Delegacia de Homicídios, explicou que a suspeita recai sobre o ex-marido de Leila em função do histórico de ameaças que ela teria sofrido dele, após a separação. ?Foram feitos até boletins de ocorrência referentes a isso?, disse. Porém, a polícia ainda não confirma a participação do homem no crime e irá aguardar o resultado do laudo que apontará se o ex-marido efetuou ou não algum disparo durante a madrugada. Os exames também foram realizados em outro suspeito.

Testemunhas

Até o momento, o que a polícia sabe é o que foi passado pelas testemunhas, no local do crime. ?As informações são de que dois indivíduos forçaram a porta da casa e executaram Leila, que estava dormindo?, relatou. Ela recebeu cinco tiros, na cabeça, na coxa e na barriga.

A mulher, que trabalhava em uma creche, morava com seus três filhos pequenos – dois meninos e uma menina. As crianças teriam presenciado o assassinato, porém, segundo a polícia, não souberam dizer quem eram os invasores. ?Estamos ouvindo algumas pessoas e colhendo novas informações. Familiares da vítima, que poderão nos ajudar, estão levando o corpo para o interior do Estado e, quando voltarem, serão ouvidos?, garantiu o superintendente.

Tiro na cabeça

Márcio Barros

Foto: Ciciro Back

Marcas de pneus e pegadas são as únicas pistas.

Uma mulher, com cerca de 30 anos, foi executada com um tiro na cabeça, no Jardim Estados, em Piraquara, na madrugada de ontem. Sem nenhum documento que a identificasse, as únicas pistas que a polícia dispõe são várias marcas de pneu de carro e pegadas próximo ao corpo.

Foi uma ligação anônima feita para o número 190, por volta de 7h30, que indicou o local onde uma pessoa havia sido assassinada. Os soldados Leandro e Vitor, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, foram até a Rua Santa Catarina e encontraram o corpo da mulher. O local fica a aproximadamente dois quilômetros do Contorno Norte.

Mistério

Os moradores do Jardim Estados disseram que não conhecem a vítima, levantando a hipótese de ela ter sido levada até lá para ser assassinada. Segundo o superintendente Valdemir, da delegacia de Piraquara, a polícia tem poucas informações sobre o crime. ?A mulher não tinha documentos. Assim que ela for identificada no Instituto Médico-Legal, poderemos investigar com mais informações?, explicou.

A mulher tinha aproximadamente 1,60 metro, 60 quilos, cabelos castanhos e trajava calça jeans clara, tênis branco, camiseta regata rosa e jaqueta preta.

Facadas na frente da filha

O amor entre Rosana Gonçalves Queirós, 20 anos, e seu marido Elias Machado Queiroz, o ?Gasolina?, se transformou em ódio e acabou em tragédia na tarde de ontem, em Campo Largo. Ele a matou com vários golpes de faca, na frente da filha de 5 anos, e fugiu com o seu Passat azul. Rosana foi levada pelo Siate até o Centro Médico de Campo Largo, mas morreu em seguida. A menina foi recolhida pelos vizinhos e, até o início da noite, Elias não havia sido localizado pela polícia.

Arma

O crime aconteceu na Rua B. C. Chiuliuk, no Cercadinho, localidade de Ferraria. Alguns vizinhos disseram que o casal estava em fase de separação e um desentendimento teria motivado o crime.

Segundo o soldado De Lara, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, a faca utilizada para matar Rosana foi encontrada na rua. ?O autor jogou a arma na hora da fuga. A faca foi recolhida e será levada para a delegacia?, explicou. Segundo ele, várias equipes patrulhavam a cidade atrás de Elias.

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