Trágica comemoração do penta

Alegria para alguns e tragédia para outros. A comemoração do penta terminou em lágrimas para a família de Simone Bueno, 21 anos, e também para os parentes de Rosa Wisniewski, 80. Imprudência e uso exagerado de bebidas alcoólicas causaram a morte de Simone e de Rosa em acidentes de trânsito, ontem.

Como fazia todos os domingos, Rosa Wisniewski seguia a pé pela Rua Carlos de Carvalho, acompanhada da irmã Luci, de 78 anos, para visitar uma sobrinha, por volta das 17h. As duas idosas moravam na Rua Jerônimo Durski. Quase na esquina com a Rua Marechal Bernardino Bormann, elas foram colhidas por um Voyage desgovernado, que simplesmente subiu na calçada em alta velocidade e as atropelou. Luci caiu no local e sobreviveu, mas Rosa, arremessada violentamente a quase vinte metros de distância, morreu antes de o Siate chegar.

Embriagado

De acordo com o sargento F. Silva, da Rone, que atendeu a ocorrência, o autor do atropelamento estava visivelmente alcoolizado. João Carlos Pereira, 38 anos, conduzia o Voyage, placa ACF-0952, e foi levado pela Polícia Militar para a Delegacia de Delitos de Trânsito. O Siate encaminhou Luci Wisniewski para o Hospital Evangélico.

Mesmo com os pneus do carro estourados e vidros quebrados, devido à violência do choque contra o corpo de Rosa, João Carlos tentou fugir do local do atropelamento. Foi impedido por vizinhos e outros motoristas que, indignados, trancaram as esquinas próximas com seus próprios carros. Quando a viatura da Rone chegou, de acordo com o sargento F. Silva, ele só dizia “desculpa, desculpa, fiz uma besteira”. “Esse aí se complicou”, comentou o policial. Na Dedetran, ele seria submetido a exame de dosagem alcoólica, preso em flagrante e indiciado por homicídio culposo.

Queda

Simone Bueno morreu ao cair de uma Blazer, na Rua Nicola Pellanda, Umbará, às 11h30. A irmã dela, Silvana Bueno, 19, e Janaína Ribeiro da Cruz, 16, ficaram feridas e foram levadas pelo Siate ao Hospital Evangélico. O acidente foi atendido pelo sargento Martins e soldado Silva, do Batalhão de Polícia de Trânsito. O condutor da Blazer preta, placa CLA-6730, de São Paulo, está foragido, mas o veículo foi apreendido poucas horas depois, no mesmo bairro, e levado para o pátio da Dedetran.

Ninguém disse ter visto o acidente, mas algumas pessoas comentaram para o pai de Simone que ela estaria com a irmã e amigas comemorando a vitória da seleção. No viaduto da Nicola Pellanda sobre o Contorno Leste (BR-116), o veículo colidiu contra a mureta de proteção e se desgovernou, derrubando as jovens sobre o asfalto. Pedaços do carro ficaram a cerca de 10 metros do corpo de Simone. Conforme levantamentos preliminares da perita Ana Graton, do Instituto de Criminalística, o carro deve ter tombado. “Só com a vistoria do veículo poderemos ter certeza”, disse.

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