DOIS DETIDOS

Tráfico estaria por trás de dois assassinatos na RMC

Dois assassinatos tomaram as ruas de Almirante Tamandaré, no início desta semana. Em ambos os casos, as vítimas tinham passagens pela polícia por tráfico de drogas. A polícia não descarta que esse seja o motivo das mortes.

No último destes crimes, ocorrido às 3h30 desta terça-feira, Valderi Anacleto, 41 anos, foi fuzilado com 16 tiros na Rua Laurindo Pereira Machado, esquina com a Rua Antonio Pereira Machado, na Vila Primor, exato cruzamento onde pelo menos outros três homicídios ocorreram no ano passado.

O superintendente Job de Freitas contou que fazia poucos dias que Valderi tinha saído da cadeia local, onde ficou quatro meses preso e saiu de alvará. A polícia tem informações de que, tão logo ganhou a liberdade, voltou a agitar o bairro onde morava.

Valderi foi morto no meio da rua, próximo a um Fiesta com placa de Santa Catarina, que seria de sua propriedade. O carro estava sujo de sangue, tinha marcas de tiros e foi encaminhado à perícia. A polícia acredita que Valderi estivesse trazendo drogas de Santa Catarina e, ao chegar em Almirante Tamandaré, deve ter se desentendido com traficantes da área e foi morto. Apesar da suspeita, não foram encontradas drogas ou qualquer outro material suspeito no carro ou com a vítima.

Job ainda recebeu informações de que, há dias, uma metralhadora vem circulando pelo bairro. Os tiros que mataram Valderi, calibre nove milímetros, tanto podem ser de uma pistola, como da suposta metralhadora, que a polícia há dias tenta localizar.

Descampado

Alex de Lima Inácio, mais conhecido como “China”, 17 anos, foi levado até um descampado na Rua São João, no Jardim Monte Santo, para ser executado. Ele levou dois tiros no rosto, possivelmente de calibre 22, por volta das 22h de segunda-feira.

De acordo com Job, o rapaz era bem conhecido na região, por seus problemas com traficantes. Usuário de drogas, tanto cometia roubos quanto traficava para sustentar o vício. Mas deveria estar devendo para traficantes do bairro, que vinham lhe ameaçando. Não bastasse tudo isto, ainda namorava uma jovem, moradora próximo a uma boca de fumo.

Job afirmou que já apreendeu o adolescente algumas vezes. E foram justamente estas confusões com drogas e ameaças que Alex vinha recebendo que levaram a polícia a ter informações dos suspeitos do crime. Dois homens foram detidos e levados à delegacia, na tarde desta terça-feira, para averiguações.