TJ determina prisão do ex-deputado Custódio

A 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, acatar recurso do Ministério Público do Paraná em ação penal contra o ex-deputado e ex-vereador de Curitiba, Aparecido Custódio da Silva (PFL), decretando sua prisão preventiva como garantia da ordem pública e conveniência da instrução.

Custódio responde ação penal por crime de peculato e concussão (desvio de verba pública da Câmara Municipal de Curitiba e exigências de vantagens pessoais indevidas, em razão do cargo). De acordo com o MP, entre janeiro de 1993 e março de 2000, quando exercia mandato de vereador, Custódio teria desviado total de R$ 1,59 milhões, sem correção monetária, com o recebimento de salários de funcionários fantasmas e de parte de salários de assessores e outros funcionários com cargo em comissão.

No acórdão, o Tribunal de Justiça afirma: ?A corrupção vem repercutindo de forma intensa em nosso País e reclama uma ação eficaz da justiça, para evitar que ações dessa natureza se multipliquem como vem ocorrendo. No caso vertente, há também indícios de que o recorrido procurou influenciar testemunhas, mediante empréstimo, ou mesmo orientando seus depoimentos, conforme salientou o recorrente?.

E ainda: ?Nessas condições, além da garantia da ordem pública, a prisão se justifica por conveniência da instrução criminal, sendo importante frisar que o fato de tais testemunhas não estarem mais subordinadas ao denunciado não afasta a possibilidade de que ele intimide ou procure orientá-las, dificultando a apuração da verdade?. A decisão foi publicada no Diário da Justiça, em 9 de setembro. Além dessa ação, Custódio responde a mais três ações de improbidade e a outra ação penal por desvio de verba pública.

Para Custódio, isso não passa de um fato político, criado para prejudicá-lo a poucos dias das eleições. “São pessoas de classes dominantes que não aceitam ver um operário como eu chegar onde eu cheguei”, disse.

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