Tiros e perseguição tiram sossego do Centro Cívico

Confronto entre policiais militares e assaltantes de carro tirou a tranqüilidade do Centro Cívico na noite de quinta-feira. Um dos marginais, Wagner Gonçalves do Pinha, 19 anos, foi morto durante a troca de tiros. Rogério Carlos Pinto, 24 anos, e Vagner Cordeiro, 18, foram presos, conduzidos à Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos e autuados em flagrante por roubo, porte ilegal de arma e formação de quadrilha. Um garoto de 16 anos foi apreendido e conduzido à Delegacia do Adolescente.

Um advogado e um amigo terminavam de se despedir em frente ao escritório, na Rua Marechal Hermes, por volta das 22h, quando o quarteto passou por eles. Na aproximação, os homens ficaram apreensivos, mas relaxaram quando o grupo passou. Porém, um deles, se virou e sacou de um revólver calibre 38, com a numeração lixada, e deu voz de assalto. O grupo levou as carteiras das vítimas e o Corsa placa AKY-0258, de propriedade do advogado, fugindo em direção a via-rápida sentido Santa Cândida.

Perseguição

Logo que os bandidos deixaram o local em alta velocidade, as vítimas viram uma viatura do Regimento da Polícia Montada (RPMont) e contaram sobre o crime. Os policiais iniciaram buscas pela região e não demoraram a localizar o carro. “Quando nos viram, atiraram contra a viatura”, contou o tenente Friese.

Os policiais revidaram e continuaram a perseguição até o cruzamento com a Rua Machado de Assis, próximo ao Asilo São Vicente, no Ahu, onde os marginais acabaram batendo o Corsa no meio-fio.

Os bandidos tentaram continuar a fuga a pé e Wagner foi ferido. Levado ao Hospital Cajuru, pelos próprios policiais, o suspeito não resistiu e morreu antes mesmo de ser medicado. Seus comparsas foram preso.

Versões

Rogério contou que é de São Paulo, onde possui passagem por furto e receptação. Amasiado com a irmã de Valter, ele estava morando no Guaraituba, em Colombo. Segundo eles, foi o adolescente que convidou os três para “dar uma volta”. “Eu não sabia o que eles iriam fazer”, alegou Rogério. “Iríamos conseguir algum dinheiro”, admitiu Valter. O garoto assumiu que a arma era sua e que foi autor dos disparos.

Investigações

O delegado Hamilton Cordeiro da Paz, titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, informou que todos moram na região do Alto Maracanã. “Eles vêm para Curitiba roubar e furtar carros. Depois levam para Colombo, onde depenam o veículo e muitas vezes colocam fogo no que sobra”, salientou o delegado. Hamilton acredita que, com a prisão do quarteto, outras vítimas irão reconhecer os suspeitos. “Primeiro vamos terminar a rotina do flagrante. Em seguida, vamos apurar a vida criminal destes indivíduos e apurar outros crimes praticado por eles”, explicou. Ele solicitou às pessoas que foram vítimas do grupo para que entrem em contato através do telefone 329-6744.

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