Tiros e morte na multidão

Em plena feira gastronômica da Praça da Ucrânia, Bigorrilho, um casal foi baleado, às 22h40 de sexta-feira. Os bandidos fugiram em duas motonetas jogs deixando dezenas de pessoas apavoradas e Ingrid Robert Silva, 23 anos, grávida, agonizando entre as barracas de comida. Ela morreu no início da madrugada no Hospital Evangélico. Ricardo Emanuel Rosa conseguiu correr até a Rua Ângelo Sampaio, onde foi socorrido por policiais militares.

Segundo testemunhas, o casal comia no meio da praça, quando um homem moreno se aproximou. Ele apontou a arma para a cabeça de Ricardo e teria dito: “Fique quieto que você vai morrer!”. Em seguida, começou a atirar, mas o “alvo” conseguiu se esquivar e o tiro acertou a barriga de Ingrid. Três tiros foram dados dentro da praça, enquanto o rapaz corria para fora.

Ele desceu a Rua Padre Agostinho, passando ao lado da estação-tubo e seguindo pela linha do expresso. “O assassino parou no meio da rua, firmou a arma e atirou mais três vezes”, descreveu uma testemunha, que não quis se identificar. Baleada, a vítima alcançou a Ângelo Sampaio, onde encontrou uma viatura do 12.º Batalhão da PM, que a socorreu. Segundo o aspirante Foltran, Ricardo estava baleado no peito, na mão e na virilha.

Fuga

Logo após os disparos, o bandido, descrito como de 1,70m, vestindo blusa de moletom vermelha, jaqueta e calças pretas e boné também preto, voltou andando normalmente. Na esquina, subiu na garupa de uma das jogs e desapareceu. Policiais militares patrulharam a região a procura dos suspeitos, mas não conseguiram encontrá-los.

Na praça, a moça entrou em choque e foi auxiliada por estudantes de medicina que freqüentavam a feira, até que o Siate chegasse. Ela foi levada em estado grave ao Hospital Evangélico, onde foi submetida a uma cirurgia de emergência, mas não resistiu. Ricardo também foi levado ao centro cirúrgico.

Segundo o investigador Sérgio, da Delegacia de Homicídios, a mãe de Ricardo esteve na delegacia e informou que, há três meses, seu filho esteve preso em decorrência do tráfico de drogas. “Estamos esperando que ele recobre a consciência para poder falar com os policiais e explicar o que ocorreu”, finalizou o investigador.

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