Tiros e morte em clube de jogatina

Uma tentativa de assalto com reféns a um clube de jogos, na Vila Hauer, ontem à noite, mobilizou mais de 40 policiais da Rone. Um dos assaltantes, conhecido por “Polaco”, foi baleado e morto em confronto com os policiais. O outro, identificado como Paulo Roberto dos Anjos, só liberou os últimos seis reféns depois que o advogado dele chegou ao local.

A ação dos bandidos começou por volta das 21h, quando dois homens entraram na casa de carteado, que funciona na parte superior de um prédio comercial, na Rua Marechal Floriano, próximo terminal Vila Hauer. Segundo uma refém, a dupla disse ter sido recomendada, já que o local é freqüentado apenas por pessoas conhecidas. Ao entrar, os bandidos deram voz de assalto e ordenaram que os 21 freqüentadores, espalhados em diversos cômodos, deitassem no chão. “Eles deram coronhadas em uma mulher e apontaram a arma para a cabeça de outra, ameaçando matá-la caso alguém levantasse. Depois revistaram todas as bolsas, recolhendo todo dinheiro que encontravam”, relatou uma das vítimas.

Confronto

De acordo com o soldado Alexandre, da Rone, por volta das 21h20 várias viaturas chegaram ao local, acionadas pelo 190, e ao subir as escadas até o estabelecimento encontraram “Polaco” cuidando da entrada. Ele atirou contra os policiais e, no revide, foi baleado. Em meio à confusão, 15 reféns conseguiram fugir e só ficaram seis pessoas que estavam sob a mira da arma de Paulo.

Os freqüentadores que conseguiram escapar foram levados para um prédio vizinho. O capitão Sampaio foi até o clube de jogo e deu início às negociações. A partir das 21h40, Paulo começou a liberar os reféns e, às 22h25, os dois últimos saíram amarrados. Em seguida, com a chegada de seu advogado, o assaltante entregou seu revólver, calibre 38, e foi preso. “Paulo quis a minha presença para garantir que sairia com vida?, disse o advogado.

Após a rendição do assaltante, o homem e todos os freqüentadores da casa, inclusive os últimos reféns, foram encaminhados ao Tigre – Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial – para serem interrogados. “Suspeitamos que os dois últimos que ficaram como reféns sejam comparsas, porque estavam querendo esconder o que tinham nos bolsos e estavam muito tranqüilos”, afirmou o delegado Rubens Recalcati, da Delegacia de Furtos e Roubos.

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