Testemunhas negam maus-tratos

Testemunhas da briga entre gangues ocorrida no Educandário São Francisco na madrugada da última sexta-feira negaram, em depoimento à polícia, que os adolescentes responsáveis pela confusão tenham sido vítimas de maus-tratos dentro da instituição.

“Durante o depoimento, eles explicaram que a confusão foi resultado da guerra entre os grupos rivais e que tudo teria começado por causa de um rádio que foi quebrado. Eles garantiram que não aconteceu uma rebelião, porque não eram vítimas de maus-tratos. O que aconteceu foi um acerto de contas entre os inimigos”, explicou o delegado que investiga o caso, Germino Marques Bonfim Filho.

Segundo os depoimentos de três adolescentes, o clima entre os internos estava tenso porque o grupo de meninos do interior do Estado estaria se negando a pagar uma “taxa para evitar brigas” para a facção formada por adolescentes de Curitiba e outros de Londrina. A confusão teria começado quando um dos meninos do interior, que estava ameaçado de morte, foi transferido da ala “A” para a “B”.

O adolescente teria esquecido junto com os rivais um rádio. Quando dois educadores foram buscar o aparelho, perceberam que o rádio havia sido destruído e quase foram feitos reféns. Os educadores escaparam, mas os adolescentes ficaram agitados e passaram a destruir trancas. Os rapazes da ala “A” correram e tentaram abrir as grades da ala “B”.

O grupo da “capital” matou um adolescente que estava sozinho na cela. Quando jovens da ala “B” romperam as travas, o confronto começou, causando mais seis mortes. O delegado ainda vai ouvir o depoimento de outros adolescentes e educadores.

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