Testemunhas de morte de vereador não depõem

As testemunhas do assassinato do vereador Benedito Cardoso da Costa, 48 anos, ocorrido às 7h30 da terça-feira de Carnaval, no Boqueirão, não compareceram à Delegacia de Homicídios na tarde de ontem para prestar depoimento. O superintendente Neimir Cristóvão, da DH, informou que os funcionários e familiares do vereador de Grandes Rios foram intimados para comparecer às 15h. “Nenhum deles justificou a ausência. Se for o caso estas pessoas serão conduzidas à DH. Queremos saber por que não vieram”, salientou o policial.

Neimir disse que as investigações preliminares dão a entender que autor e vítima já se conheciam. “Não está descartada a hipótese de crime político, mas a princípio o homicídio teria sido motivado por acerto de contas”, relatou.

Tiros

Minutos após abrir o depósito de papéis, de sua propriedade, na Rua Willian Booth, Boqueirão, Benedito recebeu a visita de um homem branco, de cabelos grisalhos, vestindo camiseta branca e calça jeans, que demonstrou interesse em comprar dois fardos de papel e queria que o vereador entregasse imediatamente em determinado local. Benedito explicou que as entregas só são feitas aos sábados e os dois continuaram a conversar tranqüilamente.

De repente o homem sacou a arma e efetuou seis tiros. Benedito tombou morto em meio aos papéis, atingido no peito, na mão e pescoço. O criminoso ameaçou os funcionários com a arma e fugiu.

Vereador

Benedito cumpria o seu segundo mandato de vereador na cidade de Grandes Rios, Norte do Paraná. Ele havia mudado para Curitiba há dois meses, e alugou o depósito para trabalhar ao lado da filha e do genro. Mesmo assim comparecia às sessões da Câmara Municipal daquela cidade todas as quintas-feiras.

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