Testemunha aponta PM como autor de assassinato

Um depoimento prestado por uma testemunha na delegacia de Pinhais, na manhã de ontem, a respeito da morte de Almir Antônio Fischer, 44 anos, coloca um suposto policial militar como suspeito de assassinato. O motivo da morte de Fischer, que era foragido da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara, seria o sumiço de uma pistola.

De acordo com o superintendente Cordeiro, alguns dias antes do crime, um ex-colega de prisão de Almir, conhecido por “Nico”, dormiu na casa dele, no bairro Esplanada. “Nico” teria deixado em poder de Almir uma pistola que seria de um primo dele, o tal policial militar. No dia em que foi executado, segundo o depoimento prestado na delegacia, a vítima foi visitada pelo PM, que estaria fardado. O policial foi cobrar a devolução da arma e como Almir a teria perdido, recebeu uns safanões e teve um prazo determinado para achá-la. Provavelmente o prazo se esgotou e a vítima foi morta.

“Nico” está sendo procurado pelos policiais para que, através dele, os investigadores possam chegar ao suposto PM. O superintendente espera contar com o apoio do Serviço Reservado da Polícia Militar nas investigações.

Morte

Fischer foi morto com três tiros no peito quando andava pela Rua Etiópia, às 22h de terça-feira. Três pessoas em um carro preto se aproximaram da vítima, duas delas desceram e atiraram. O foragido esteve preso na delegacia de Pinhais entre 1998 e 99 por homicídio. Após julgado foi levado à Colônia Penal, de onde fugiu há um ano. Depois da fuga começou a aplicar golpes envolvendo caminhões. “Fischer procurava caminhões velhos para comprar. Pedia para experimentar e depois sumia”, contou Cordeiro.

Esse envolvimento com sumiços de caminhões é outra hipótese que deve ser investigada pela polícia para a morte do foragido.

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