“Terror” do sinaleiro volta para cadeia

Mulheres, com a bolsa sobre o banco do passageiro, no horário do “rush”. Natanael Gonçalves, 19 anos, o “Plimplim”, escolhia a dedo vítimas e horário de seus roubos no cruzamento da Avenidas Comendador Franco (Avenida das Torres) com a Rua Guabirotuba, na entrada da Vila das Torres, Jardim Botânico. Solto há 30 dias, ele voltou a agir e foi preso novamente segunda-feira pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) – há suspeita de que esteja envolvido em mais de 50 assaltos.

“Plimplim” foi pego em flagrante com os documentos e pertences de duas mulheres roubadas na tarde de anteontem, no mesmo cruzamento. “Uma delas tentou segurar a bolsa e o Natanael puxou. A vítima chegou a cortar os braços com o caco de vidro”, relatou o delegado Alfredo Dib, chefe da equipe da DFR que prendeu o acusado após um cerco montado na Vila das Torres, onde ele mora.

Natanael agia sempre da mesma forma. Fingindo-se de manco, observava as vítimas no semáforo e estourava o vidro do passageiro com um bastão de ferro. “Como ele tem vigor físico, fugia rapidamente. Era muito difícil pegá-lo”, disse o delegado. Os delitos eram cometidos ao meio-dia e por volta das 18h.

Prisão

“Plimplim” só foi preso em 13 de julho do ano passado porque uma das vítimas resolveu segui-lo, descobrindo seu esconderijo. Passou 11 meses detido por furto, até ser liberado pela Justiça.

Os alvos eram, preferencialmente, mulheres. “Mas tinha casais e homens também. Eu não gostava de bolsa, e sim do dinheiro”, afirmou o detido, que, segundo o delegado Dib, gabava-se de seus crimes. “Quando foi preso pela primeira vez, encontramos mais de 250 documentos no barraco dele, de 52 pessoas diferentes”, afirmou Dib. Desta vez, havia documentos de três pessoas e até a cópia de um processo da Justiça Federal. “Levei junto, nem sabia o que era”, disse Natanael, autuado por furto e assalto.

Voltar ao topo