Com tiro de revólver pelas costas, Antônio Mazur, 28 anos, foi assassinado na tarde de ontem, no Sabará, Cidade Industrial. Para a polícia, a hipótese mais forte é que o crime teve motivação passional, porém, nenhum suspeito foi identificado. Eram por volta das 16h30 e Antônio descia a íngreme Rua Jair Silveira, quando começou a correr de uma motocicleta vermelha, com dois indivíduos em cima, que o perseguiam de arma na mão.

continua após a publicidade

Mesmo com muita gente na rua, inclusive crianças brincando em um terreno baldio próximo, o homem que estava na garupa não hesitou e abriu fogo. Antônio se jogou para dentro de uma panificadora, quase na esquina da Rua Leony Medeiros Guimarães, mas não conseguiu evitar ser atingido. Caiu, esbarrando nos funcionários, e morreu atrás do balcão, deixando rastro de sangue na parede. A motocicleta desapareceu na esquina seguinte e nenhuma das testemunhas anotou a placa do veículo.

Visita

Segundo o relato de moradores à polícia, Antônio estava na vila visitando familiares. Há cerca de um ano e meio ele veio de Pitanga, na região central do Estado, e estava morando no Uberaba, com o irmão. Uma irmã deles residia no Sabará e iam visitá-la com frequência. Tanto que Antônio acabou arranjando namoro com uma moça do bairro, mas ela também se relacionava com outro rapaz, morador da região e, segundo a vizinhança, envolvido com a criminalidade.

continua após a publicidade

“Provavelmente foi por causa dessa mulher. Aproveitaram que ele apareceu no bairro para cumprir as ameaças. Pelo que conversamos com a família, o rapaz era tranquilo. Trabalhava, não usava drogas. Um perfil diferente das vítimas mais comuns”, comentou o investigador Lima, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoal (DHPP).

Buscas

continua após a publicidade

Viaturas do 23.º e do 13.º batalhões da Polícia Militar fizeram ronda pelas ruas da vila, que fica nas proximidades do Parque dos Tropeiros, mas a dupla de motocicleta vermelha não foi encontrada. Pouco tempo antes do corpo de Antônio ser recolhido pelo Instituto Médico-Legal (IML), fogos de artifício, disparados a algumas quadras da panificadora, puderam ser ouvidos. De acordo com os PMs, a tarde tinha sido agitada na região, principalmente por causa de algazarras, som alto e bebedeira.