Taxistas de Paranaguá revoltados com a morte do colega

Mais de cem taxistas fizeram uma manifestação ontem nas ruas de Paranaguá, em protesto ao assassinato cruel do motorista Marcos Antônio de Camargo Magalhães, 51 anos. Ele foi morto a pauladas por assaltantes – dois deles menores de idade – e teve o corpo carbonizado na noite de quarta-feira, em Praia de Leste. O manifesto dos taxistas passou por várias ruas da cidade, parando em frente à Segunda Subdivisão Policial e também na prefeitura, onde os motoristas fizeram buzinaço em protesto à falta de segurança na cidade.

Segundo alguns taxistas, Paranaguá vem sendo invadida por marginais de todas as partes do País. “Enquanto os policiais da Operação Verão ficam dando atenção aos balneários, os bandidos vêm aqui, assaltam e matam. Os marginais vão para a cadeia e meia hora depois estão soltos, aterrorizando de novo”, disse um dos profissionais.

Eles relembraram o episódio do assassinato de Marcos Antonio como um exemplo da insegurança. “Esses elementos que mataram nosso colega estiveram na Santa Casa e um deles estava todo quebrado porque brigou por drogas. Ninguém procurou saber se eram ou não traficantes ou pessoas envolvidas com o crime. Saíram do pronto-socorro da Santa Casa e foram matar nosso amigo motorista, um trabalhador. Se esses bandidos estivessem presos, tudo teria sido evitado”, desabafou outro motorista de táxi, inconformado com a situação.

Medo

Ontem, no sepultamento do motorista, seus companheiros do ponto de táxi (em frente à Santa Casa de Paranaguá) contaram que no dia 29 de dezembro passado, Marcos Carvalho foi vítima de um assalto. Naquela oportunidade, ele já havia comentado com os companheiros que temeu perder a vida, diante da violência como se comportaram os marginais. Os taxistas disseram também que toda semana acontecem assaltos e por isso pedem providências mais efetivas da polícia.

O corpo de Marcos Antonio de Camargo Magalhães foi levado à sepultura ontem, às 11h, diante de muita emoção por parte de familiares e amigos.

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